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Vítimas das cheias já trabalham na geração da renda familiar

As famílias residentes nos bairros de reassentamento das vítimas de cheias na região Centro de Moçambique estão a gerar renda no âmbito de um programa nesse sentido financiando pelo Reino Unido.

João Ribeiro, Director-geral do Instituto Nacional de Gestão das Calamidades (INGC), disse que este programa, orçado em quinhentos mil dólares norte-americanos, visa aproveitar os recursos existentes naqueles locais.

O programa, que iniciou ano passado e esta a ser coordenado pelo INGC, abrange os distritos de Chemba, Caia, na província de Sofala, Mopeia, Morrumbala, na Zambézia, e Tambara, em Manica, prevendo- se que venha a contemplar também Machaze, também em Manica, Machanga e Nhamatanda, em Sofala.

O Director-geral do INGC, João Ribeiro, explicou que o programa visa, igualmente, assegurar um maior aproveitamento das zonas baixas para a produção alimentar e capacitar os produtores em técnicas básicas de produção efectiva de hortícolas.

A iniciativa, segundo Ribeiro, consiste em financiar os produtores na preparação das suas áreas de cultivo, aquisição de insumos, como é o caso de sementes, pesticidas e também alguns meios de produção e moto-bombas.

“Até ao momento foram adquiridas 37 moto-bombas, que estão a ser montadas nas unidades de produção, o que permitirá que os camponeses possam ter uma produção contínua ao longo de todo o ano, sem depender da queda das chuvas”, afirmou Ribeiro.

Ele adiantou que o desenvolvimento de pequenos regadios na região centro de país vai permitir o estabelecimento de uma reserva estratégica alimentar e de sementes agrícolas, concorrendo para a redução do impacto da vulnerabilidade das populações.

“Esperamos que as pessoas produzam as suas rendas familiares nos bairros de reassentamento, onde devem ter as suas casas permanentemente, evitando voltar às zonas baixas, nas quais anualmente sofrem e perdem culturas diversas, devido às cheias ou inundações”, sublinhou João Ribeiro.

Sobre esta matéria, o chefe do departamento técnico do INGC, ao nível da região Centro do pais, Silvestre Uqueio, fez saber que os sistemas em montagem são de irrigação de pequena escala e estão a beneficiar, actualmente, 3.200 camponeses de 21 unidades de produção agrícola.

Para que a iniciativa seja coroada de êxito, Uqueio disse que o INGC está a priorizar a formação e treinamento de grupos de beneficiários em matéria de associativismo, com vista a garantir a operação e gestão dos sistemas de irrigação e de agro-negócios.

Ainda com base neste programa, Uqueio disse que foram adquiridas 25 cabeças de gado bovino para o fomento pecuário e tracção animal.

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