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Vale oferece veículos multiuso ao país

A Vale Moçambique, subsidiária da multinacional brasileira Vale, ofereceu, quarta-feira, em Maputo, três veículos multiuso ao governo moçambicano para serem utilizados nas zonas rurais para os vários fins, incluindo na comercialização agrícola.

Os veículos, em forma de tractores, foram desenvolvidos numa universidade nórdica, a “Swedish Life Sciences University”, e podem ser utilizados no transporte de mercadorias, de pessoas, no cultivo, e em outras actividades afins.

Falando na cerimónia de recepção dos veículos, acto que teve lugar no parque da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), em Maputo, o Ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, explicou que a ideia da pesquisa de um tipo de veículo apropriado para as zonas rurais surgiu em 2008 quando o governo viu-se confrontado com a falta de transporte para a comercialização agrícola.

“Começamos a pesquisar e descobrimos que havia uma universidade que desenvolvia um tipo de veículos apropriados para as zonas rurais, que pode ser usado mesmo em zonas desprovidas de estradas”, explicou Zucula, para quem o passo a seguir foi a procura de parceiros para trazer este tipo de veículos a Moçambique.

Assim, a Vale Moçambique, no âmbito da sua responsabilidade social tomou iniciativa de adquirir este tipo de veículos para serem usados experimentalmente no país.

“Trata-se de um protótipo, pois, caso se mostrem viáveis a realidade moçambicana, o governo pode importar mais veículos”, disse o Ministro, para quem o governo tem, actualmente, condições para adquirir pelo menos 25 veículos, mas só depois dessa experiência.

“Caso se mostrem adequados para a nossa realidade, o passo a seguir é importar mais veículos, até porque os acabamentos podem ser realizados em Moçambique, daí que precisaremos de encontrar parceiros para o efeito”, acrescentou.

Segundo Zucula, este os veículos multiuso podem usar qualquer oleaginosa como combustível, o que para as zonas rurais constitui uma mais valia.

Os veículos, de acordo com o Ministro, custaram 20 mil dólares norte-americanos cada um, mas o custo pode ser reduzido a medida que vai se desenvolvendo a sua produção.

Para o representante da Vale Moçambique, o brasileiro Luís Cossa, o gesto constitui um dos compromissos da empresa em contribuir para o desenvolvimento do país.

Neste contexto, ele manifestou a disponibilidade da empresa em participar em iniciativas que contribuam para a solução dos problemas da população, incluindo a mobilização do empresariado brasileiro para se envolver em projectos de desenvolvimento em Moçambique.

“A Vale quer ser parceiro do governo moçambicano em todas as iniciativas de desenvolvimento do país”, disse Cossa, que é gerente Geral de Suprimentos e Administração da empresa. Actualmente, a Vale Moçambique está envolvida no projecto de carvão de Moatize, na província de Tete, Centro-Noroeste do país.

No âmbito da sua responsabilidade social já construiu, naquele distrito, várias infra-estruturas sociais, tais como salas de aulas, unidades sanitárias, furos de água, incluindo casas para as populações abrangidas pelo programa de reassentamento, no quadro do projecto de exploração do carvão. O acto foi também testemunhado pelo Ministro moçambicano da Indústria e Comercio, Armando Inroga.

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