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União Africana nomeou painel de alto nível para Costa do Marfim

A União Africana (UA) nomeou, segunda-feira, em Addis Abeba, cinco Chefes de Estado para integrarem o Painel do Alto Nível com a missão de encontrar uma solução para a crise política pos-eleitoral na Costa do Marfim.

O Painel é liderado pelo Presidente Blaise Compaore, do Burkina Faso, e integra ainda os seus homólogos da África do Sul, Jacob Zuma, da Tanzânia, Jakaya Kikwete, da Nigéria, Goodluck Jonathan, e da Mauritânia, Mohammed Abdelaziz.

A decisão de criar o Painel de Alto Nível para ajudar a resolver a crise costamarfinense foi tomada na Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da UA, que, segunda-feira, terminou os seus trabalhos, e que contou com a participação de cerca de 40 estadistas, com realce para o Presidente moçambicano, Armando Guebuza.

No âmbito do evento, Guebuza dirigiu a Cimeira do Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP) e encontrou-se com o seu homologo tanzaniano, um dos membros do Painel destacado para a Costa do Marfim.

O Painel tem um prazo de um mes para buscar uma solução a crise politica que se arrasta a cerca de dois meses na Costa do Marfim.

O mandato do Painel visa garantir que Alassane Ouattara, reconhecido internacionalmente como vencedor das eleições de 29 de Novembro do ano passado, possa presidir o pais.

As Nações Unidas apelaram a imediata retirada do bloqueio do Hotel onde se encontra hospedado Ouattara desde o anuncio dos resultados das eleições presidenciais.

O Secretário-geral das Nações Unidas, Ba Ki-Moon, que participou na Cimeira ate ao seu ultimo dia, apelou a comunidade internacional para A União Europeia (UE), através do seu comissário para o desenvolvimento, anunciou que vai retomar a ajuda a Costa do Marfim mas apenas quando Ouattara assumir o poder.

A UE suspendeu toda a assistência a Costa do Marfim excepto a programas que beneficiam directamente grupos sociais vulneráveis e que não são implementados pelas estruturas governamentais.

De acordo com as Nações Unidas, cerca de 30 mil pessoas abandonaram o pais e outras 17 mil são deslocados internos na sequencia da crise, causada pela recusa de Laurent Gbagbo de retirar-se do poder.

A crise pos-eleitoral na Costa do Marfim dominou os trabalhos da XVI Cimeira da União Africana, cujos trabalhos terminaram esta noite.

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