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Termina contrato com o consórcio indiano na Linha de Sena

O Ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, disse, Quarta-feira, em Maputo, que a rescisão do contrato com o consorcio ‘CCFB’, liderado pelo grupo indiano “Rites Limited e Ircon International”, terminou, Quarta-feira, devendo o Governo reaver o sistema ferroviário da Beira, constituído pelas linhas férreas de Sena e Machipanda.

Aquele consórcio falhou em muitas das suas obrigações contratuais e não concluiu os trabalhos nos prazos acordados, para além de não ter se quer tocado na linha de Machipanda.

Por estas razões, segundo o Ministro, em Dezembro de 2010, o Governo iniciou um processo “complexo” de rescisão do contrato “que termina esta Quarta-feira”.

“A esta hora, uma Comissão do Governo está na Beira a receber de volta aquele sistema ferroviário. Terminado este processo, o Governo vai iniciar a reabilitação da linha de Machipanda e melhorar a capacidade da linha de Sena”, disse Zucula, falando na manhã da Quarta-feira, no Parlamento moçambicano, na sessão de perguntas ao Governo.

A Linha de Sena, embora ainda necessite de melhoramentos, já transporta o carvão de Moatize para Beira e passageiros da Beira para Marromeu e vice-versa.

É imperativo alargar a “Malha Ferroviária” Zucula disse, por outro lado, ser um imperativo alargar a ‘malha ferroviária’ de forma a servir os actuais interesses do desenvolvimento do país.

Ele recordou que, não obstante o sistema de transportes herdado do tempo colonial continue de grande importância para a integração regional, “há um imperativo de alargar a malha ferroviária para servir os interesses do desenvolvimento da actualidade”.

Segundo o Ministro, a estratégia do Governo visiona ainda a ligação Sul-Norte do país, alimentada por vários ramais ferroviários e rodoviários que partem dos portos costeiros.

O Ministro disse que é neste âmbito que se enquadra a reconstrução de linhas tais como Quelimane–Mocuba, no Centro, Xai-Xai – Chicomo, já no Sul de Moçambique.

“O Governo não abandonou essas linhas-férreas. Elas vão ser reconstruídas com maior capacidade”, indicou Zucula, acrescentando que seria falta de visão e desperdício de recursos voltar a por aquelas linhas a funcionar com as mesmas características que as anteriores.

Algumas vozes, principalmente da oposição, tem estado a afirmar que o Governo abandonou aquelas linhas que muita falta dão ao transporte doméstico de pessoas e bens.

“Serão sim reconstruídas com aspectos mais modernizantes e conectadas com a linha Norte–Sul e com os portos existentes ou a serem construídos”, indicou o titular da pasta dos transportes e comunicações.

Ele disse que no contexto da implementação da estratégia em curso, o Governo já modernizou, por exemplo, a linha-férrea de Ressano Garcia, de tal modo que a sua capacidade foi ampliada para 14 milhões de toneladas por ano e que graças a isso transporta viaturas, via porto de Maputo, para a Africa do Sul, o que acontece pela primeira vez na historia da linha.

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