Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Sinistralidade rodoviária mata 36 pessoas em semanas seguidas em Moçambique

Mais 18 pessoas pereceram, 13 fiaram gravemente feridas e 31 contraíram traumas ligeiros, entre 20 e 26 de Agosto último, por conta de 24 acidentes de viação, que na semana anterior deixaram igual número de óbitos. A Polícia, que prossegue com as acções de costume com vista a estancar o mal, voltou a abrir as goelas apelando aos condutores, peões e demais utentes para que se façam à via públicas com precaução redobrada.

Em duas semanas consecutivas, pelo menos 36 indivíduos morreram em diferentes estradas moçambicanas devido a este mal, que prevalece sem freios, pese embora o envolvimento de diversos segmentos da sociedade para o seu estancamento. Este é apenas o número de óbitos que chegou ao conhecimento das autoridades policiais. Pode haver mais…

No período em análise, a Polícia de Trânsito (PT) fiscalizou 48.885 viaturas, das quais 71 foram apreendidas por várias irregularidades, e impôs 7.399 avisos de multas.

Como forma de afastar das estradas os automobilistas considerados indisciplinados, os agentes da Lei e Ordem confiscaram 240 cartas de condução e 85 livretes.

Entretanto, estas medidas, aplicada no dia-a-dia, parecem não ser, tão-pouco de longe, eficazes para dissuadir os prevaricadores, sobretudo aqueles que colocam a vida de diversas pessoas em risco quando se fazem ao volante.

Aliás, dos 24 sinistros rodoviários, 12 resultaram do excesso de velocidade. E houve 13 atropelamentos.

Na mesma acção, a PT deteve 36 indivíduos por condução ilegal, ou seja, não tinham em sua posse as licenças para conduzir, o que abre espaço para que se presuma que não foram à escola.

Neste contexto, uma pesquisa do Centro de Integridade Pública (CIP), realizada em 2014, sugere que a corrupção é uma das principais causas de acidentes de viação em Moçambique, mas não está a merecer a atenção das autoridades públicas no que diz respeito à busca de soluções vigorosas para estancá-los.

Segundo o CIP, a tal corrupção está centrada no Instituto Nacional dos Transportes Terrestres (INATTER), uma instituição do Estado que permite que “milhares de cidadãos obtenham carta de condução sem terem passado pela formação e por um exame rigoroso”.

“A carta de condução está à venda no INATTER”, diz o estudo indicando que os condutores estrangeiros estão entre os principais compradores das cartas de condução.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!