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Saúde a procura de solução para crise de medicamentos

O ministro moçambicano da saúde, Alexandre Manguele, disse, quarta-feira, em Maputo, que o sector está a trabalhar no sentido de resolver o problema da falta de medicamentos que se faz sentir no país.

“Estamos a resolver a situação de falta de medicamentos que tivemos, ano passado, e que ainda se faz sentir nas nossas unidades sanitárias”, disse o governante, falando a AIM durante a cerimónia de inauguração do novo laboratório de tuberculose em Maputo.

Na edição da quarta-feira do jornal “Notícias”, o Ministério da Saúde (MISAU), através da Central de Medicamentos e Artigos Médicos, lançou um concurso público internacional para o fornecimento de “medicamentos essenciais para as unidades sanitárias”.

No contacto com a AIM, o ministro não especificou o tipo de medicamentos que fazem falta ao país, mas disse não ser constituir segredo para ninguém que Moçambique enfrenta uma situação desconfortável em termos de disponibilidade de medicamentos.

“Nós tivemos que sair ao público no ano passado e pedir a população para aceitar usarmos medicamentos fora do prazo, porque não tínhamos medicamentos”, disse Manguele, justificando que o país adoptou essa medida depois de testar os referidos medicamentos em laboratórios de Portugal, tendo-se provado que ainda era possível estender o seu uso por mais quatro ou mais meses.

Contudo, o ministro disse que a situação tende a melhorar porque o Governo tem procurado superar o défice de medicamentos nas unidades sanitárias do país.

“Agora já estamos a fazer testes de HIV que durante o ano de 2010 não tínhamos em quantidades desejáveis. Já estamos a ter medicamentos para a tuberculose e anti-retrovirais, portanto, estamos a resolver esta crise que existia, mas que ainda persiste”, sublinhou.

Há duas semanas, o jornal “Notícias” reportou a situação de falta de medicamentos na província central da Zambézia, uma situação que se estende desde finais de Novembro do ano passado.

Como consequência, os doentes enfrentam enormes dificuldades para a aquisição de medicamentos. Na altura, a maioria dos doentes que se deslocava aos hospitais para consultas externas regressa à casa sem medicamentos, particularmente vacinas para mulheres grávidas.

Por outro lado, algumas unidades sanitárias de Quelimane estão desde finais de Dezembro com dificuldades para fazer pensos.

Contudo, o director provincial da Saúde na Zambézia, Alberto Baptista, negou categoricamente as informações sobre a ruptura de medicamentos, mas admitiu que a província estava sem capacidade de enviar medicamentos aos distritos.

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