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Rajoelina rejeita acordo de partilha de poder

O líder da Alta Autoridade Malgaxe, Andry Rajoelina, rejeitou formalmente o acordo internacional de partilha de poder e disse que quaisquer tentativas da oposição de formar um parlamento esta semana são ilegais. A decisão de Rajoelina constitui um revés aos esforços da mediação internacional liderada pelo ex-presidente moçambicano, Joaquim Chissano, que juntou à mesa das negociações em Maputo os quatro principais rivais políticos para discutir uma saída para a crise.

No mais recente encontro entre os rivais políticos malgaxes, havido na segunda semana do mês em curso, em Maputo, os três ex-presidentes daquele país insular da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) chegaram a um acordo em relação a partilha de cargos ministeriais no governo de transição. Na declaração emitida no final de semana, Rojoelina disse que o seu decreto presidencial de demissão do primeiroministro anula o acordo rubricado em Setembro, ratificando o acordo de paz iniciado em Moçambique e terminou na Etiópia.

O líder malgaxe, de 35 anos, “cérebro” do golpe de Março último, disse que os cargos de co-presidentes criados ao abrigo do acordo alcançado em Addis Abeba, capital etíope, bem como o que cria o posto de presidente do Conselho Superior de Transição (parlamento) ficam totalmente anulados. Assim, a intenção da oposição de se reunir para discutir a formação do parlamento é, segundo Rajoelina, completamente ilegal.

Desta feita, prevalece o “braço de ferro” entre Rajoelina, Ravalomanana e os dois outros antigos presidentes, nomeadamente Didier Ratsiraka e Albert Zafy, em relação a ocupação dos cargos de relevo no governo de unidade. A oposição naquela que é a quarta maior ilha do mundo prometeu formar um governo de unidade até antes do Natal, assim como formar o parlamento.

Emmanuel Rakotovahiny, um dos co-presidentes demitidos, disse a agência noticiosa “Reuters” que a anulação do acordo de partilha vai colocar em questão a legitimidade de Rajoelina. “Rajoelina foi nomeado pelos quatro movimentos políticos como parte do acordo. Ele está no poder mercê da legalidade do acordo de Maputo”, disse Rakotovahiny em clara alusão ao plasmado na declaração de Maputo, concretizada em Agosto.

A França, antiga potência colonizadora que lidera os esforços diplomáticos visando resolver a crise política naquele país, pede a todas as partes para enveredarem pelo diálogo a fim de lograrem o consenso necessário para a solução do problema do país.

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