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ONU ordena congelamento dos bens de Kadhafi

O Conselho de Segurança da ONU aprovou este sábado por unanimidade uma resolução que impõe sanções contra o regime de Muammar Kadhafi e seu de vários membros próximos do ditador, como o bloqueio de todos seus bens no exterior e o embargo de armas.

A resolução adotada pelos 15 membros do máximo organismo da ONU autoriza também que o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, abra uma investigação sobre as violações de direitos humanos nas quais incorreu o regime líbio. “Obrigado pela adoção desta resolução. Representa apoio moral para o povo líbio”, disse o embaixador da Líbia, Abdurrahman Shalgam, que a considerou um “sinal para pôr fim” ao regime de Kadhafi.

O principal órgão de decisões da ONU adotou esta resolução em reunião que se prolongou durante quase nove horas e que se desenrolou em portas fechadas sob a Presidência rotativa da embaixadora do Brasil, Maria Luisa Ribeiro Viotti.

A resolução pede ao TPI que averigue a possível comissão de crimes de guerra e contra a humanidade durante a brutal repressão dos protestos, impõe um embargo total sobre as armas, proíbe viajar ao exterior e congela os bens de Kadhafi e de 21 pessoas que o rodeiam e apoiam, incluindo vários familiares e os altos cargos de seu governo.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse em uma ligação com a chanceler alemã Angela Merkel, este sábado, que o líder líbio Muammar Kadhafi deve deixar o cargo imediatamente. “O presidente declarou que, quando um líder, para permanecer no poder, usa a violência em massa contra seu próprio povo, ele perdeu a legitimidade para governar e precisa fazer o que é certo para o seu país, deixando-o agora”, disse a Casa Branca num comunicado sobre a ligação.

Obama e Merkel reafirmaram o apoio ao povo líbio pela universalização dos direitos e concordaram que o governo de Khadafi “deve ser responsabilizado.” O presidente Obama e Merkel “conversaram sobre as maneiras apropriadas e eficientes com as quais a comunidade internacional pode responder” à crise líbia. “O presidente saudou os esforços em curso por parte de nossos aliados e sócios, da ONU e da União Europeia para desenvolver e aplicar medidas contundentes”, revela o comunicado da Casa Branca.

Além da declaração de Obama, a Secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, anunciou este sábado que revogou os vistos de entrada no país de funcionários do governo líbio e dos seus familiares “para limitar as opções de viagem” para os membros do regime. A medida, assinada por Hillary, esta sexta-feira à noite, é a segunda etapa realizada pelo governo dos EUA para punir o regime de Muammar Kadhafi depois de o presidente Barack Obama promulgar um decreto para congelar os ativos do líder líbio e de sua família.

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