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Não há água potável em Murrupula

A população do distrito de Murrupula, a 80 quilómetros da cidade de Nampula, tem vindo a queixar-se da falta de água potável, causada por inoperância do pequeno sistema de abastecimento daquele liquido vital, e, por outro, os furos e poços construídos ao nível da vila encontram-se secos. A crise de água já começou a criar transtornos para os residentes: a produção de hortícolas destruída e gados caprino e bovino morrem todos os dias.

O pequeno sistema considerado como toma de água foi construído no ano de 1961, pelo regime colonial português, e não funciona há mais de três anos, apesar de estar electrificada pela corrente eléctrica vinda da Cahora Bassa. A maquinaria inoperacional é guarnecida por um morador tem as condutas que transportavam a água obsoletas, e a barragem se encontra assoreada, por falta de assistência e reabilitação.

A toma de agua, localizado no bairro de Rovuma 1, construída em 1961, veio a conhecer uma parcial reabilitação no mandato do então governador de Inhambane, Agostinho Trinta quando respondia como administrador do distrito de Murrupula. Dados em nosso poder indicam que a referida reabilitação envolvia construção de murro de vedação, electrificação e montagem de novas válvulas, mas mesmo assim a toma de água só veio a funcionar durante um ano apenas.

Amina Joãozinho, residente no bairro de Campo 1, disse que a situação de falta de água no seu distrito começou a registar se no mês de Setembro, do presente ano, e mesmo apesar de a situação ter dado sinais significativos a partir de 1997, quando a tubagem que transportava o precioso líquido a vila do distrito ficou totalmente obsoleto. Amina referiu que desde daquele ano nunca houve sinal de água potável, vindo do pequeno sistema de abastecimento.

A nossa entrevista foi mais longe ao afirmar que desde 1997 a população tem vindo a consumir água vinda de furos ou poços construídos por projectos que ali escalam e caseiros. O outro morador que reforça a opinião de Amina Joãozinho é Elisa Manda Botão, que referiu que a única salvação da população são os furos de água. Elisa disse que nos pequenos rios existentes já não possuem água nem para tomar banho, mesmo para o consumo dos animais.

Rafael Lapa referiu que todas as represas construídas pela população para reter o precioso líquido já não possuem água, devido ao aquecimento que se registou neste ano. Lapa disse ainda que muitos criadores de animais tem vindo a perder por falta de água. “Muitos animais estão a morrer, por falta de água, bois, cabritos entre outros animais”, afirmou.

Lapa apontou as zonas mais críticas com o problema de falta de água como sendo a zona do regulado de Nlepa, Magorro, os bairros de Campo 1, Campo 2, Nacurarre, só para dar um exemplo. Entretanto, a administradora do Distrito, Alzira Manhissa, minimizou a questão dizendo que neste momento o Governo está a estudar mecanismos de como resolver a questão de reabilitação da toma de agua, mas mesmo assim, “mesmo assim, enquanto não apareça uma verba, capaz de garantir uma reabilitação total e completa, o governo, tem vindo a construir furos de água em diferentes bairros e povoados do distrito para que este bem chegue para todos”.

Alzira, sem revelar o número de furos e poços existentes ao nível do distrito, disse que a situação tem vindo a se resolver, com a aquisição de novos furos de água. Sobre a questão da existência de zonas onde estejam a morrer gado caprino e bovino, a administradora do distrito disse não ter conhecimento do caso, mas prometeu investigar, bem o assunto, mas que
na verdade com o aquecimento que se fez sentir neste ano, terá criado transtornos para a população, na produção de hortícolas.

 

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