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Moçambique abaixo do Zimbabué em 25% na penetração do telefone móvel

A taxa média anual de penetração do telefone móvel, em Moçambique, é actualmente estimada em 13%, contra 38% no Zimbabué, África do Sul e Zâmbia, e 28,4%, a nível do continente africano.

Igualmente, Moçambique “está muito atrás da maioria dos países seus vizinhos em termos do número de licenças atribuídas”, de acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), no seu relatório especial sobre Inovação e Tecnologias de Informação e Comunicação em África que faz análise sucinta da situação de cada um dos 47 países abrangidos pelo estudo ora acabado de ser divulgado.

O informe estima que 13,3% dos cerca de 20,5 milhões de moçambicanos dispõem de acesso a algum tipo de dispositivo de telecomunicações e somente 0,3% daqueles meios de telecomunicações é feito através da rede fixa.

Realça a seguir que “o operador histórico de linhas fixas”, a empresa pública Telecomunicações de Moçambique (TDM), “tem muito poucas linhas instaladas, essencialmente, nas principais zonas urbanas”. Lucros De acordo igualmente com a OCDE, a empresa TDM detém o monopólio sobre as chamadas locais, de longa distância e internacionais, e que em 2008 tinha uma taxa de penetração de menos 3% da população moçambicana, “aplicando uma taxa única e repartindo os custos entre os utilizadores rurais e urbanos, chamadas locais, de longa distância ou internacionais”.

Ainda sobre a TDM, o documento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico refere que a empresa não teve lucros durante os últimos anos, após o aparecimento dos operadores de telefones celulares “que não praticam a mutualização de custos” e podem propor tarifas muito mais atractivas.

Um aspecto também sublinhado no relatório da OCDE relaciona-se com esforços do Governo no desenvolvimento de projectos da Educação e Saúde com uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), tendo, para o efeito, sido formados já cerca de 200 jovens que não frequentam um sistema educativo estruturado.

O reforço das capacidades e das TIC é visto “como prioritário” pelo Governo para apoio à inclusão digital, um programa executado em 12 países da África ao Sul do Sahara, entre 2003 e 2008, tendo sido já criado, em Moçambique, o Instituto das Tecnologias de Informação e Comunicação de Moçambique (ITICM) que funciona na Universidade Eduardo Mondlane (UEM).

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