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Jovem é condenada a morrer apedrejada no Sudão

Uma sudanesa com idade estimada em torno de 20 anos foi condenada pelo crime de adultério a morrer apedrejada, disseram advogados e ativistas de direitos humanos nesta quinta-feira, acrescentando que a ré está atualmente acorrentada com seu filho bebê numa prisão de Cartum.

Ativistas disseram que a sentença viola os padrões internacionais e gera temores de que o Sudão estaria começando a aplicar a sharia (lei islâmica) de forma mais rigorosa depois da secessão do Sudão do Sul, uma região não-muçulmana, no ano passado.

A mulher, Intisar Sharif Abdalla, foi sentenciada pelo tribunal penal de Ombada em 22 de abril, segundo documentos judiciais obtidos pela Reuters. Dois advogados encarregados do caso disseram, sob anonimato, que apresentaram recurso e que a ré parece estar sob forte carga psicológica.

“Ela precisa urgentemente de um psiquiatra, porque parece estar em estado de choque devido às pressões sociais e familiares que sofre”, afirmou um dos advogados.

Abdalla é analfabeta e não tem o árabe como língua nativa, e apesar disso não teve direito a advogado ou intérprete no tribunal, segundo os advogados e ativistas. Não ficou claro de qual região do país ela é, ou qual língua tribal fala.

Procuradas pela Reuters, autoridades dos ministérios sudaneses da Justiça e Informação disseram não poder comentar o caso imediatamente.

O Sudão costuma punir com chibatadas crimes como adultério e consumo de álcool, mas apedrejamentos são raros.

 

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