As autoridades moçambicanas instauraram, em 2011, um total de 375 processos-crime contra cidadãos indiciados de tráfico e consumo de drogas.
Como consequência, 20 pessoas foram julgadas e condenadas por tráfico de droga e outras 91 por consumo.
Estes dados constam do Relatório Anual sobre a Evolução do Tráfico e Consumo Ilícito de Drogas, referente ao período em referência, aprovado hoje, em Maputo, pelo Conselho de Ministros na sua 11ª sessão ordinária.
Citando o relatório, o porta-voz do governo, Alberto Nkutumula, indicou que, no âmbito do combate a droga, as autoridades moçambicanas apreenderam, em 2011, um total de 31.641,9 quilogramas de cannabis sativa, 4.690 quilogramas de cocaína, 48.055 quilogramas de haxixe, 4.265 quilogramas de heroína, 440 quilogramas de mandrax e 3.700 gramas de efedrina.
No âmbito de prevenção primária do tráfico e consumo da droga, o relatório informa que foram registados 61.041 activistas anti-droga que orientaram 24.076 palestras, beneficiando 1.076.845 pessoas.
Foram também produzidos materiais de propaganda. Com relação a prevenção secundária, segundo Nkutumula, foram atendidos 3.197 pacientes com perturbações mentais e de comportamento devido ao consumo de substâncias psico-activas.
No que diz respeito à prevenção terciária, o Ministério da Mulher e Acção Social prestou apoio a tóxico-dependentes, que foram reintegrados nas respectivas famílias.
O Ministério da Saúde, por seu turno, fez mais de 300 visitas domiciliárias, tendo integrado 87 ex-tóxico-dependentes, e continua a fazer controlo a 2.171 pacientes ligados ao consumo de drogas.
O Relatório deverá ser submetido a Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano.