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Eyjafjoell acalma e esperança de normalização cresce na Europa

O vulcão islandês Eyjafjoell emitiu muito menos cinzas nestas últimas horas, um sinal que se tranquiliza e que traz a esperança do fim da paralisação do tráfego aéreo na Europa, estimaram esta segunda-feira cientistas ouvidos pela AFP. “A erupção diminuiu claramente”, declarou à AFP uma sismóloga do departamento de geofísica da Universidade da Islândia, Bryndis Brandsdottir.

“O volume de cinzas (expelidas) diminuiu muito” e a coluna não ultrapassa os 3 mil metros, disse. Essa coluna de fumaça alcançou os 9 mil metros de altura na última quarta-feira, quando a erupção teve início. Os dados gravados pelos sismógrafos em Reykjavik confirmam a diminuição da erupção, apesar de terem sido registrados movimentos na região, segundo Brandsdottir.

Os cientistas previram novas erupções, mais violentas. Temem, entre outras coisas, que esta atividade vulcânica registrada nas últimas semanas desperte o vulcão vizinho, Katla, considerado muito mais perigoso e inativo desde 1918.

O Eyjafjallaojoekull começou a esculpir uma imensa nuvem de cinzas na quarta-feira, apenas algumas horas após o fim de uma primeira erupção, que começou nas encostas do vulcão no dia 21 de março e cessou pouco mais de três semanas depois. Desde a semana passada, a nuvem de cinzas paralisa o tráfego aéreo europeu. Mas nesta segunda-feira, o geofísico islandês Magnus Tumi Gudmundsson confirmou à AFP que “o vulcão havia gerado menos cinzas nas últimas 36 horas que antes”, ainda que as siga expelindo”.

Para os milhões de viajantes presos pelos diversos fechamentos de espaços aéreos nacionais na Europa, esta pode ser uma boa notícia, dado que “a 3 mil metros, as cinzas dificilmente podem ser levadas para muito longe’, segundo Brandsbottir. Efetivamente, “o fato de que (a coluna de cinzas) seja mais baixa significa que se deslocará mais com as correntes de ar no solo e estará menos submetida aos ventos em altitude” mais violentos, explicou à AFP um meteorologista do Instituto norueguês de meteorologia em Oslo, Haakon Melhuus.

Os cientistas estimam também que a diminuição das cinzas expelidas pode significar uma mudança importante na atividade vulcânica. “O fato de que a fumaça não sobe tão alto quanto antes mostra que a atividade (do vulcão) diminuiu e que a temperatura do ar é mais baixa”, o que impede que as cinzas subam, segundo Melhuus.

Estas boas notícias podem ser ofuscadas pela meteorologia, avisa Melhuus: as baixas pressões sobre o mar do Norte e de Skagerak, assim como o vento da Islândia esperado para terça-feira constituem condições favoráveis à deterioração da qualidade do ar europeu. Segundo Melhuss, “o sul da Escandinávia, assim como a Europa do norte até os Alpes” podem se encontrar novamente com as más condições existentes antes do fim de semana, que levaram à paralisação do espaço aéreo.

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