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Dhlakama volta a falar de manifestações

O presidente da Renamo, o maior partido de oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, que se encontra reunido na cidade central da Beira com seus quadros da região centro do país, reiterou que está a preparar manifestações à escala nacional.

Dhlakama, que classificou tais manifestações de “revolucionárias”, referiu que as mesmas serão pacíficas e ocorrerão ainda este mês.

Falando, a margem de um seminário regional centro, que decorre, desde Quinta-feira, naquela urbe, Dhlakama disse que o encontro que reúne quadros seniores daquele partido provenientes de Sofala, Manica, Tete e Zambézia traçará as principais linhas do processo que considera de promoção da democracia.

Sem indicar a data e o local por onde iniciar tal “revolução”, Dhlakama assegurou ser para breve, ou seja, antes das festividades do Natal.

O líder do maior partido da oposição, antigo movimento armado, que se encontra na Beira sob fortes medidas de segurança, tanto por força policial, como da sua segurança pessoal, disse que não vai tolerar que os seus membros, simpatizantes e público em geral sejam reprimidos, só por repudiarem “a má governação da Frelimo (partido no poder)”.

Disse ainda que não haverá derramamento de sangue se não houver provocações por parte de entidades que trabalham com armas de fogo, porque “ nós não temos a intenção de disparar, mas a Renamo não ficará a aplaudir, vendo o povo a morrer. Daremos ordens para disparar somente em defesa própria”, disse Dhlakama.

Num outro desenvolvimento, Afonso Dhlakama considerou o encontro com o Presidente da República, Armando Guebuza, havido há uma semana na cidade nortenha de Nampula, constituiu um passo para o diálogo, mas que o mesmo não deve condicionar a “revolução”.

Ele insiste no diálogo como sendo forma para a promoção de justiça social. No entanto, segundo afirmou, o Governo da Frelimo gosta de entreter, “deixando os reais motivos, dai que pretende que se houver um acordo com o Governo, o mesmo seja testemunhado pela comunidade internacional e a SADC, por considerar que o mesmo vai salvar o povo.

Entretanto, no fim da tarde de Sexta-feira enquanto decorria o referido encontro num dos estabelecimentos hoteleiros situado no centro da cidade da Beira, o “Noticias” contactou o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, o qual disse que os membros defendem a realização das manifestações ainda este ano.

Mazanga disse que a “revolução” vai acontecer porque a sua formação política tem o compromisso com o povo. “A Renamo não deve assistir o desmoronar deste importante edifício que é o povo. A revolução vai acontecer por falta de diálogo, a Frelimo rasgou o AGP (Acordo Geral de Paz assinado em 1992 em Roma)” – disse.

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