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Chapeiros ameaçam paralisar actividades na rota Magoanine/Anjo-Voador em Maputo

Os transportadores semi-colectivos de passageiros, vulgo “Chapa 100”, que operam na rota Magoanine/Anjo-Voador, via Avenida das FPLM, na capital moçambicana, ameaçam paralisar as suas actividades caso o município lhes obrigue continuar a usar a mesma rota enqaunto preferem a da Rua da Beira (aeroporto).

Em causa está o facto de eles pretenderem mudar a via para passarem a fazer Magoanine/Anjo-Voador via Rua da Beira (via aeroporto), alegadamente porque é mais rentável. Entretanto, a edilidade está contra o uso do almejado itinerário pelos chapeiros porque, segundo justifica, significa desvio de rota.

Tem estado a aplicar multas que variam de dois a três mil meticais a todos aqueles que ousam desafiar as suas ordens. Isto acontece desde o primeiro dia de Janeiro corrente.

Dependendo da gravidade da situação, à luz da Postura Municipal, algumas cartas de condução são confiscadas. Certos motoristas são igualmente suspensos de conduzir.

Na mesma data, os mesmos transportadores começam a ameaçar entrar em greve que consistiria na paralisação das suas actividades. Propalaram entre eles esta posição, mas não seguiram avante. A remarcaram a referida greve para sexta-feira passada (04), desta para segunda-feira (07), e, uma vez mais, nada aconteceu.

Felimone Nhabinda é um dos transportadores que anseiam passar a usar a rota Magoanine/Anjo-Voador via Rua da Beira. Conta que eles começaram a usar aquele trajecto, como via alternativa, durante a reabilitação da Avenida das FPLM e da Praça dos Combatentes, por indicação do Conselho Municipal.

Desde esse período (já passam dois anos) nunca mais abandonaram a via porque lhes traz vantagens tais como maior fluxo de passageiros em relação à outra que é indicada nas suas licenças.

Eugênio Nhamona, outro transportador, diz não perceber como é que a Polícia Municipal decidiu multar os chapeiros sem um aviso prévio. “De repente entendeu que devia fechar a rota e começar a aplicar multas?.

Polícia Municipal reage

Em declarações ao @Verdade, o porta-voz da Polícia Municipal, Jochua Lai, nega tais acusações: “não é verdade o que eles dizem”. Esclarece que aquando das obras de reabilitação da Praça dos Combatentes, o Conselho Municipal de Maputo autorizou-lhes que passassem a usar a Rua da Beira, mas terminadas as obras, eles foram advertidos no sentido de retomarem a rota normal. Contudo, continuam a usá-la.

A Polícia Municipal, de acordo Lai, tem vindo a fiscalizar o cumprimento das regras, por isso, todo aquele que for encontrado a encurtar ou a desviar a rota será penalizado. “Incorrerá a multas previstas por lei”. Ele descarta qualquer possibilidade de negociações. Caso eles tenham algo a negociar vai ser com a entidade que atribui as rotas.

É vaga a reivindicação dos transportadores

Por sua vez, o presidente da Associação dos Transportadores Rodoviários de Maputo (ATROMAP), Samuel Nhatitima, disse ao @Verdade que a sua agremiação está aberta ao diálogo com os transportadores. Todavia, considera vaga a reivindicação deles porque a rota da Rua da Beira não é a que lhes foi atribuída.

Aliás, diz ter ficado surpreso com o anúncio da greve dos transportadores. Os responsáveis deste tipo de comportamento são os motoristas e os seus patrões distanciam-se de qualquer responsabilidade a respeito.

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