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Zambia: troika da SADC debate Madagáscar e Zimbabwe

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, é esperado, Quinta-feira, em Livingstone, na Zâmbia, onde vai tomar parte, no mesmo dia, na cimeira da Troika do órgão da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) para a Defesa e Segurança.

No encontro em que também estarão o Chefe de Estado zambiano que é Presidente do órgão, Rupiah Banda, e o Presidente sul-africano, na sua qualidade de segundo vice – Presidente da Troika, Jacob Zuma, serão abordadas questões relacionadas com os países da região mergulhados em crises políticas, com destaque para o Madagáscar e o Zimbabwe.

Os mediadores das crises instaladas nos dois países, nomeadamente o antigo estadista moçambicano, Joaquim Chissano, e o Presidente Jacob Zuma serão o maior atractivo pois, segundo apurou a AIM, apresentarão informações detalhadas sobre a situação prevalecente naqueles países e os caminhos a observar para se ultrapassar obstáculos.

Os actores políticos do Zimbabwe, incluindo o Presidente, Robert Mugabe, e o primeiro-ministro, Morgan Tsvangirai, que é também líder do MDC, maior força política da oposição naquele país, vão participar como convidados, igual situação para o Presidente namibiano, Hifikepunye Pohamba, na sua qualidade de Presidente em exercício da SADC.

Num breve contacto havido hoje, nesta pequena cidade turística zambiana, com jornalistas moçambicanos, o Secretario Executivo da SADC, Tomaz Salomão, disse, quanto ao Madagáscar, que a expectativa é que a busca de soluções seja conduzida depois de se auscultar todas as sensibilidades daquele pais, incluindo os antigos presidentes.

Porém, Salomão é da opinião de que os que ocupam ou que já ocuparam o poder naquele país insular devem ser os primeiros a compreender que o mais importante é voltar a colocar Madagáscar num lugar de destaque no concerto das nações. ”A cimeira vai saber dos actuais desenvolvimentos. Mas tudo indica que a finalidade é levar o país às eleições”, afirmou Tomaz Salomão.

Os intervenientes políticos na crise malgaxe assinaram já um roteiro cujo objectivo fundamental é realizar eleições credíveis, antecedidas por um período que terá um governo e parlamento transitórios. Quanto ao Zimbabwe, a fonte reafirmou a importância de se continuar a implementar o Acordo Politico Global que estabelece, entre outras situações, um referendo sobre a constituição e, na base disso, a realização de eleições.

Apesar de prevalecer este problema e outros tais como a nomeação do Presidente do Banco Central e o Procurador Geral da República, Tomaz Salomão considera que o cenário de violência e fraco reconhecimento do Acordo já está a passar, sendo vontade da SADC e da própria União africana (UA) ajudar que tal cenário não volte a acontecer mais.

”O Zimbabwe hoje não é o mesmo de há dois anos. É verdade que há divergências, mas também há convergências”, declarou Salomão. Apesar de a agenda da Troika concentrar as atenções no Madagáscar e Zimbabwe, há forte possibilidade de os participantes tratarem também da situação política no Reino do Lesotho e na RDCongo, outros dois Estados do bloco regional.

As crises políticas em outras regiões como é o caso da Costa do Marfim, pais da costa ocidental africana em que Jacob Zuma, que participa na Troika, é um dos dignitários escolhidos para tratar de resolver o diferendo, e a situação prevalecente na África do Norte, poderão merecer um olhar por parte da liderança da Troika, segundo fontes da AIM. A cimeira de Quinta-feira foi antecedia, entre Terça e quinta-feira, de um encontro a nível ministerial.

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