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Zambézia sem teste de HIV/SIDA

A província da Zambézia, regista uma grave roptura nos testes de HIV/SIDA, já lá vai algum tempo. Nos centros de Aconselhamento e Testagem em Saúde, vulgos ATS, não é possível fazer teste do HIV, a reposta é clara por parte de quem exerce as suas actividades naquele local. “Não temos testes”. Por vezes, ou seja, em alguns ATS, há teste mais não há reagentes.

 

 

O problema não é novo, arrasta-se já há bastante tempo, mesmo na era do exministro Ivo Garrido. O único stock que havia foi logo canalizado as maternidades, como forma de saber a situação das mães grávidas que pretendem ter filhos.

Mas em contrapartida, há Organizações Não Governamentais (ONGs), que possuem balúrdios de dinheiros nas contas. E uma parte deste valor, está direccionado ao combate da doença.

Esta terça-feira, o Governador da Zambézia, Francisco Itai Meque, não perdoou os implementadores do projecto OGUMANIYA, cujo lançamento aconteceu na cidade de Quelimane.

Este projecto tem como propósitos o combate ao HIV/SIDA, malária, abastecimento de água e melhorias das condições de saneamento, entre outras componentes.

Dai que depois de ouvir atentamente o que foi feito nesta fase cujos implementadores chamaram de fase de inquérito as comunidades, Itai disse que o governo da Zambézia, está farto de relatórios bonitos das ONGs e sublinhou que quer um ponto final em papéis, agora mãos a obra.

Na visão daquele governante, os 61 milhões de dólares norteamericanos que estão disponíveis para a implementação daquele projecto, devem ter resultados e não andar a gastar naquilo que ele chamou de brincadeiras.

A fonte, foi mais longe ao afirmar que não pode aceitar que se gaste valores avultados de dinheiro por exemplo numa palestra sobre saneamento do meio, enquanto que no projecto está escrito que este valor é para construir fontes de água.

E não só, o Governador disse não perceber como é que usa também muito dinheiro justificando gastos em combustíveis para um bairro que dista a poucos quilómetros da cidade, mas enquanto que o objectivo nem sequer era esse.

“São dessas coisas que não toleramos e nós como governo estamos cansados de receber relatórios bonitos, mas que no terreno não tem nada” – frisou o governador.

Refira-se que neste inquérito realizado pela organização que vai implementar o projecto, concluiu-se que muitas famílias continuam ainda mais pobres, apesar de tanta ajuda que as ONGs dizem estar a dar.

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