A febre caprina acaba de ser detectada na província central da Zambézia, com especialistas a recearem que a epidemia possa também afectar pessoas, através da hemorragia e lesões no corpo.
O alarme foi lançado através de conclusões de um estudo do Centro de Biotecnologia da Universidade Eduardo Mondlane (UEM). O vírus, cientificamente conhecido por Febre do Vale do Rift, é transmitido por mosquitos e através de abortos feitos em animais jovens, segundo o mesmo estudo da UEM, salientando que na Zambézia a mesma afecta cerca de 11,6% de caprinos diagnosticados.
Pesquisas desenvolvidas por entidades habilitadas concluíram que esta enfermidade existe naquela região há sensivelmente 50 anos, mas só agora é que a sua existência foi formalmente confirmada.
Em mulheres grávidas existe um potencial de risco de dois por cento, aproximadamente, que pode resultar em aborto.
Conclusões científicas referem que a falta de técnicas de biologia molecular mais eficientes para diagnosticar e controlar o vírus da Febre do Vale do Rift está a proporcionar a propagação da doença, provocando um impacto socioeconómico negativo na Zambézia.
Actualmente, um outro estudo sobre a incidência da doença está a ser realizado em diversas localidades da região Sul de Moçambique, pela mesma instituição académica.