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Director da Agricultura em Nampula acusa a sociedade civil de desacreditar o Pro-SAVANA

O director provincial da Agricultura em Nampula, Pedro Dzucule, disse que as organizações da sociedade civil estão a ser incitadas por países estrangeiros para falar mal do Pro-SAVANA alegadamente porque essas mesmas nações têm uma visão errada sobre o programa. Afirmou ainda que há instituições que são financiadas só para realizar debates cujo objectivo é desacreditar o projecto.

O Pro-SAVANA é um programa agrícola a ser implementado pelos governos de Moçambique, Japão e Brasil, com financiamento e apoio técnico destes dois últimos países. Com o aludido projecto, que vai afectar quatro milhões de moçambicanos que se encontram nas zonas abrangidas pelo Corredor de Nacala, Moçambique pretende ter sucesso na produção agrícola à semelhança do que aconteceu com o Brasil ao se transformar o chamado cerrado em terrenos agrícolas.

Relativamente a esse programa, União Nacional de Camponeses (UNAC) e outras organizações não-governamentais disseram, na quarta-feira passada (29), em Yokohama, no Japão, que o Pro-Savana constitui um perigo para a produção familiar em Moçambique, sobretudo porque os agricultores não estão informados sobre esse processo.

Nesse contexto, Pedro Dzucule disse que “as pessoas promovem encontros para debater os prejuízos que o Pro-SAVANA poderá trazer para os agricultores localizados ao longo do Corredor de Nacala mas todos os agricultores das áreas abrangidas pelo programa serão tratados de modo que melhorem a renda familiar e a intenção é transformar os pequenos agricultores em grandes produtores.”

Refira-se que está em curso a elaboração de um plano-director do Pro-SAVANA cuja conclusão está prevista para Agosto próximo. Por seu turno, a governadora de Nampula, Cidália Chaúque, disse, num encontro com os líderes de algumas confissões religiosas, que não descarta a possibilidade de esse programa gerar conflitos de terra entre o Governo e as comunidades.

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