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Zambézia: descoberta de jazigos de calcário espevita espectativas

As autoridades da província central da Zambézia dizem esperar que a recente descoberta de jazigos de calcário, com mais de 190 milhões de toneladas, viabilize a implantação de uma fábrica de cimento naquela região. O director provincial dos Recursos Minerais e Energia na Zambézia, Almeida Manhiça, disse, recentemente, que o Governo provincial está a mobilizar potenciais investidores para a exploração dos jazigos de calcário, descobertos nos distritos de Morrumbala e Namacurra.

 

 

“Com a descoberta destes dois jazigos de calcário, é fundamental a implantação de uma fábrica para a produção de cimento na Zambézia”, frisou aquele responsável, considerando que, a concretizar-se, o empreendimento vai contribuir para o desenvolvimento da província, sobretudo para a geração de postos de trabalho.

A descoberta do calcário na província da Zambézia surge numa altura em que o Governo moçambicano diz estar “a trabalhar, a todo o gás, para que mais fábricas de cimento de construção sejam instaladas ainda no presente quinquénio, o que poderá aumentar a capacidade produtiva existente e minimizar a alta de preços e a falta do produto no mercado nacional, que se faz sentir sobretudo desde 2009”.

O Centro de Promoção de Investimentos (CPI) tem recebido, sobretudo de investidores estrangeiros, propostas para a realização de estudos sobre o impacto ambiental e prospecção dos níveis de calcário existentes nas zonas pretendidas, um pouco por todo o país, para a construção de fábricas de cimento.

Entre as propostas recebidas pelo CPI destaca-se a apresentada, recentemente, por investidores chineses, que pretendem instalar duas unidades de produção de cimento, uma em Nacala, na província nortenha de Nampula, e a outra em Salamanga, na província de Maputo.

Segundo dados do Centro de Promoção de Investimentos, um outro grupo de homens de negócios manifestou interesse em investir na construção de uma fábrica de cimento no distrito de Magude, ainda na província de Maputo, enquanto um outro se mostrou interessado em instalar uma unidade do género na província de Inhambane, sul do país.

Presentemente, os Ministérios dos Recursos Minerais e Energia, da Coordenação da Acção Ambiental, da Indústria e Comércio e da Planificação e Desenvolvimento, entre outras instituições, estão a trabalhar no sentido de apurar a real viabilidade de tais pedidos, “dado ser fundamental muita cautela e seguir os ditames das normas do sector”.

Actualmente, funcionam nas regiões norte, centro e sul de Moçambique fábricas de produção de cimento, algumas das quais pertencentes ao grupo português CIMPOR, que, no entanto, não satisfazem as necessidades do mercado moçambicano, recorrendo-se, por isso, a países vizinhos, principalmente a África do Sul.

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