Os nossos leitores destacaram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
O Procurador-geral da República ainda vai estudar como aplicar a Lei da Probidade: O Procurador-Geral da República, o juiz Augusto Raul Paulino, entidade zeladora dos interesses do Estado, disse que ainda vai estudar a melhor forma de se fazer aplicar a Lei de Probidade Pública já em vigor no país, que proíbe, entre outros, a um titular ou membro de órgão público de receber remunerações de outras instituições públicas ou empresas em que o Estado tenha participação, como é o exemplo em concreto do deputado Teodoro Waty que, para além de deputado, é também Presidente do Conselho de Administração (PCA) das Linhas Áreas de Moçambique.
Augusto Paulino disse em forma de recado “embrulhado” que a referida lei deve ser aplicada a todos os abrangidos.
Ora, no entender dos nossos leitores, o Procurador-Geral da República devia-se ter comportado como um poeta no silêncio, abstendo-se deste tipo de pronunciamento e enveredando pelo caminho da acção. Dizem os nossos leitores que, em termos de “promessas e falácias dos que detêm o poder, Moçambique deve ocupar o pódio do ranking mundial em relação ao que não se verifica na acção.
Os leitores que em coro elegeram esta Xiconhiquice deixaram claro em unanimidade que o juiz Paulino nada fará para aplicar esta lei e que o tal prometido estudo poderá durar cerca de dois anos. Enquanto isso, Wates e Faztudos continuarão PCA’s a ganhar balúrdios e a enganar o povo moçambicano já na Assembleia da República.
A falta de manutenção dos autocarros dos Transportes Públicos de Maputo (TPM): A recorrente avaria dos autocarros dos TPM tem causado muito caos nas estradas das cidades de Maputo e Matola, deixando os passageiros a meio do caminho e desnorteados, sobretudo quando se trata das últimas carreiras. Ademais, os cobradores e os próprios motoristas não se responsabilizam pelos passageiros quando tal acontece, obrigando-os, por vezes, a terem de seguir viagem num outro autocarro sem que sejam ressarcidos dos valores que pagaram por uma viagem até ao destino.
Por outro lado, a reparação das viaturas avariadas é feita na própria via pública, facto que gera congestionamento nas estradas, para além do próprio derrame dos lubrificantes e do combustível que, de antemão, se sabe que é prejudicial ao asfalto. Ora, na óptica dos nossos leitores, com tantos casos recorrentes destes acima narrados, a Empresa Municipal de Transporte Público de Maputo já há muito devia ter tomado medidas para estancá-los. Embora, escrevem eles, que tal só seria ser possível com gente competente e no lugar certo.
Ademais, não faz sentido que os passageiros paguem duas vezes por uma viagem quando a mesma foi suspensa por uma avaria. Mas será que a tal obrigatoriedade de inspecção de viaturas passou ao lado dos transportes públicos da capital do país?
Falta de uso da piscina do Zimpeto: Aquando da organização e realização por parte de Moçambique da décima edição dos Jogos Africanos, em Setembro de 2011, o país desportivo ganhou uma nova piscina, única no país, com dimensões olímpicas.
Volvido um ano e três meses, o país continua a organizar competições e torneios nas piscinas arcaicas, tudo porque ainda não foi encontrado um gestor daquela infra-estrutura que, segundo o Governo, tem de ser uma empresa por si escolhida e não a Federação Moçambicana da modalidade. Isto acontece quando o mesmo Governo se vira para os atletas para exigir que saibam representar condignamente o país, negligenciando, por completo, que nos outros países os atletas são até obrigados a competir neste tipo de piscinas, construídas para o efeito.