Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Passaportes biométricos
Há coisas que só acontecem neste país e, desta vez, o problema é com os passaportes biométricos. Na hora de regressar ao trabalho, depois de celebrar a quadra festiva no país, alguns trabalhadores moçambicanos na África do Sul foram confrontados, na Fronteira de Ressano Garcia, com o facto de os seus passaportes biométricos não reagirem à leitura electrónica, levando as autoridades sul-africanas a impedirem a sua entrada para aquele país. A situação afectava cerca de 33 mil trabalhadores moçambicanos que vieram ao país para passar a quadra festiva do Natal e Fim de Ano. Como foi possível 33 mil passaportes com defeitos? Quanta Xiconhoquice!
Casos de violação sexual atendidos nos Hospitais
Com aquele todo ar papal, a ministra da Saúde, Nazira Abdula, informou que, durante a quadra festiva, os casos de violação sexual registaram um aumento na ordem de 130. E disse ainda que a situação está a preocupar as autoridades de saúde. De facto, é uma situação preocupante e lamentável. Não há dúvidas que os indivíduos que cometeram tamanha barbaridade devem ser exemplarmente punidos. Mas, nessa história, o estranho é o facto de os casos que deram entrada nas unidades sanitárias do país não terem sido registados pelas autoridades policiais, o que dá a entender de que a ministra da Saúde andou a inventar números para sair bem na fotografia.
Embarcação paralisada em Tete
A incompetência já é uma marca registada do Governo de turno, mas neste caso os incompetentes são outros. Por incompetência mórbida, uma embarcação, adquirida pelo Governo moçambicano para o transporte de carga e passageiros entre os distritos de Cahora Bassa e Zumbu, na província central de Tete, encontra-se paralisada, faz algum tempo, devido a erros cometidos nas obras de construção para a sua acostagem em ambas as margens do rio Zambeze. O caso está a criar um certo mal-estar no seio dos seus potenciais beneficiários porque desde que foi lançado nas águas do Zambeze nunca serviu a população, que tanto precisa deste meio de transporte fluvial. Ainda questionamo-nos o porquê de continuarmos a liderar a lista de piores países do mundo! São coisas do género que atrasam o desenvolvimento do nosso país. Como se pode construir uma nação próspera quando apresentamos a incompetência e a falta de seriedade como a nossa bandeira?