Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:
Gabinete da primeira dama e Governo da província de Maputo
Maputo A primeira-dama visita, nos próximos dias 25 e 26 de Outubro, a província de Maputo. O governo local exige aos empresários locais uma contribuição para efeitos logísticos. O Canal de Moçambique, um jornal odiado pelo regime, denunciou a falcatrua. Os empresários, diz o jornal, consideram que a atitude das forças governamentais representa um acto supremo de “extorsão” ao sector privado. É que, descendo ao chão das coisas, não é preciso ter dois dedos de testa para compreender que, tanto o governo da província, assim como o gabinete da primeira-dama têm orçamentos próprios para as suas despesas.
A Frelimo tem de deixar, de uma vez por todas, de crer que todo o cidadão deste rochedo à beira-mar é simpatizante do partido. Os empresários da província de Maputo podem ter qualquer cor partidária. E mesmo que fossem do partido no poder, a sua contribuição só se justificaria se ocorresse de forma espontânea.
Cientes de que a adesão deve ser espontânea, ainda assim, o governo da província enviou uma carta aos empresários. Na verdade uma ordem alucinante, na qual “pedem” cabeças de gado e até papel higiénico. Terminam o lamaçal de disparates e extorsão da forma mais hipócrita que se possa imaginar: “sentir- -se-ia bastante honrada”. Fica-se com a impressão de que se trata de um pedido, mas não no país das Xiconhoquices…
Detenção de agente da PRM
“Eu não neguei absolutamente, mas, sim, exigi ajuda de custo para a tal operação de três dias que ele iria efectuar, mas o comandante distrital mandou-me prender considerando-me indisciplinado”, contou ao Canalmoz o agente da Polícia da República de Moçambique. Este é um caminho tristemente conhecido. Na localidade de Guevela, no distrito de Ngauma (Niassa), um agente da PRM foi detido por recusar integrar a escolta do primeiro secretário do partido Frelimo, na província do Niassa, Cornélio Laisse.
Segundo reporta o Canalmoz, o caso deu-se há três semanas quando o primeiro secretário provincial do partido Frelimo, Cornélio Laisse, ido da cidade de Lichinga, iria visitar a localidade de Guevela, no distrito de Ngauma, na província do Niassa.
Em contacto telefónico com o comandante provincial da Polícia de Moçambique no Niassa, Amaral Bossela, este confirmou o sucedido e disse que “este caso está ultrapassado, o tal agente encontra- -se na cadeia, sim senhor, mas para saber mais detalhes contacte o comandante distrital de Ngauma, senhor jornalista,” disse Amaral Bossela. A atitude deste agente só o enobrece. A detenção, essa, é um absurdo do tamanho da província do Niassa. Xiconhoquice.
Fuga de reclusos
Dezasseis reclusos evadiram-se das celas da 2ª esquadra na cidade de Lichinga, na província do Niassa, na última semana. Para o efeito, eles recorreram a instrumentos contundentes para perfurar parte do local onde se encontravam. Isso é o que dizem as autoridades.
Ainda não se sabe como é que dezasseis prisioneiros conseguiram evadir-se ao mesmo tempo; por isso, suspeita-se de que haja conivência de algum polícia. Porém, as autoridades afirmam estar no encalço dos fugitivos, os quais estavam detidos por prática de vários crimes, tais como burla, roubo, violência doméstica, sexual, dentre outros. Parte deles aguardava pelo julgamento.
O oficial de Imprensa no Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique no Niassa assegurou que já há pistas para a recaptura dos visados. E pediu à população para que colabore com as autoridades nesse sentido. Xiconhoquice…
