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Xiconhoquices da semana: Engarrafamento gigantesco; Morte de civis; O Conselho do medo

Xiconhoquices da semana: Falta de acção disciplinar cvontra funcionários públicos corruptos; CNE...

Os nossos leitores destacaram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

1. Engarrafamento gigantesco

Os residentes da Matola passaram por um autêntico calvário no fim-de-semana passado. A viagem de e para Maputo que, normalmente leva meia hora, passou a ser feita em duas horas, na melhor das hipóteses. Tudo por culpa de camiões de grande tonelagem que saíam e vinham do Porto de Maputo. A Xiconhoquice só foi possível pela grita ausência de lei e ordem no local.

O normal, num país igualmente normal, seria a circulação de camiões de grande tonelagem de noite para não estorvar a trânsito. Mas não é isso que ocorre num país, cujos agentes da lei e ordem estão mais preocupados com o que conseguem amealhar do que com a fiscalização do que acontece na via pública.

A portagem nem sequer devia estar naquele lugar. Um golpe de má-fé e ausência de escrúpulos dos dirigentes, escolhidos pelo povo para zelar pelos interesses deste, ajudaram a construir este cenário caótico nas estradas nacionais. O desrespeito pelas mais elementares regras de civismo e cidadania não são respeitas e quem paga pelo pato, aliás, Xiconhoquice, é o povo humilde e trabalhador.

As filas longas só vieram provar aquilo que já vinha sendo dito no início da construção daquela aberração que é tida como portagem. Uma portagem que nos vai ao bolso desapiedadamente, leviana e hipocritamente, devia fazer corar de vergonha os responsáveis pela permissão deste roubo colectivo das parcas, exíguas e residuais economias dos moçambicanos.

2. Morte de civis

Homens armados mataram três pessoas no centro do país, num ataque a um camião de transporte de combustível e a um autocarro, segundo o administrador de Chibabava, Arnaldo Machevo. Uma das vítimas morreu quando estava a ser evacuada para o hospital da Beira, capital da província de Sofala.

No entanto, ninguém reivindica a autoria do ataque. A Renamo diz que o mesmo resultou de um acidente. A Frelimo, porém, informa que o mesmo foi perpetrado pelo partido de Afonso Dlhakama. Neste momento, já há movimentações de populares em fuga da vila, em consequência dos confrontos entre a polícia e os homens armados da Renamo.

“A polícia não está indiferente perante os ataques dos homens da Renamo e está a trabalhar para tornar transitável o troço mais problemático da estrada nacional número 1”, disse Joaquim Nido, comandante provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM).

Na Quinta-feira, na mesma região da província de Sofala, elementos da Renamo assaltaram um posto da polícia, num ataque em que morreram quatro agentes e a um ex-guerrilheiro. Há registos de uma outra tentativa de assalto, mas sem consequências, a um autocarro de passageiros da empresa Estrago, que fazia a rota Nampula-Maputo.

3. O Conselho do medo

O Conselho de Ministros reuniu-se distante do povo que elegeu o Governo. Armando Emílio Guebuza e o seu Executivo impediram, através das Forças de Intervenção Rápida, o acesso ao Circuito de Manutenção Física António Repinga e a circulação de viaturas num raio de dois quilómetros. Afinal o Governo tem medo?

Quem dirige o destino de um povo trabalhador e maravilhoso não pode ter medo. A não ser que, das duas uma: ou o povo não é maravilhoso ou a governação é uma grande trafulhice.

Na Xiconhoquice que teve lugar na baixa de Maputo, o Governo moçambicano referiu que vai propor à Assembleia da República a aprovação de uma nova Lei dos Petróleos, que prevê a afectação de uma parte das receitas às comunidades residentes nas áreas de operações petrolíferas. Dinheiro, afinal, é o que importa. Dialogar ou criar pontes para tal é uma piada de muito mau gosto.

Em conferência de imprensa a seguir à sessão semanal do Conselho de Ministros moçambicano, o porta-voz do órgão, Alberto Nkutumula, afirmou que a futura Lei dos Petróleos dará ao Governo o poder de determinar uma percentagem destinada às populações das zonas onde decorrem actividades de prospecção de petróleo. Grande piada mesmo.

“Das receitas que resultarem de operações petrolíferas em Moçambique, uma parte deverá reverter a favor das comunidades que se localizam nas áreas onde essas operações petrolíferas têm lugar”, realçou o porta-voz do Conselho de Ministros. O bom do Nkutumula só não disse como é que a Frelimo vai despartidarizar a Função Pública e derivados. Hipócritas.

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