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Xiconhoquices da semana: Desabamento de parede na piscina olímpica do Zimpeto; Falta de fundos para INGC; Plano Desenvolvimento Integrado (para refugiados de guerra no Malawi)

Xiconhoquices da semana: Novo Regulamento de Transporte em Veículos Automóveis; Passaporte falso de Nini sem falsificadores; Campanha eleitoral da Frelimo

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Desabamento de parede na piscina olímpica do Zimpeto

A negligência mesclada de incompetência mórbida é, sem dúvidas, o cartão de visita deste país. O desabamento da parede na piscina olímpica do Zimpeto, que provocou a morte do treinador de natação, Frederico dos Santos, e oito feridos graves e ligeiros, é apenas um dos exemplos no meio de tanta incompetência que caracteriza este país. Porém, o mais caricato nessa história revoltante é a desculpa descabida e estapafúrdia do responsável da obra, o  consórcio de empresas portuguesas a Mota-Engil e a Soares da Costa.  Segundo as empresas, que sem concurso público foi entregue a obra, o empreendimento tinha garantia de apenas um ano. Na altura, o consórcio se vangloriou de ter conseguindo edificar a obra complexa e com tecnologia avançada reduzindo em três meses o prazo inicial de construção. Hoje, acabamos de testemunhar mais um péssimo serviço dessas empresas.

Falta de fundos para INGC

Não fosse a morbidez que a situação em si representa, seria motivo de soltar sonoras gargalhadas. Não é que, para resolver o problema da seca que assola algumas regiões do país, foi feito um pedido de fundos no valor de 63 milhões de meticais, montante esse que o Governo diz ser o défice do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), ignorando que só um dos Ministérios gastou mais de 250 milhões de meticais na compra de carros de alta cilindrada novos e importados!!? São 166.936 os moçambicanos afectados pela seca nas províncias de Gaza, Inhambane e Sofala, um cenário previsto há mais de um ano pelos meteorologistas, mas o Governo de turno como sempre optou por fazer ouvidos moucos. Diante dessa situação, os membros do Executivo de Filipe Nyusi decidiram contribuir com um dia do seu salário, para apoiar as vítimas das calamidades naturais. Por quê não doa o salário todo, uma vez que  se sabe que acumula, além do rendimento base, subsídios e outras regalias.

Plano Desenvolvimento Integrado (para refugiados de guerra no Malawi)

O nosso Governo é uma verdadeira piada. Primeiro, afirmava de viva voz que não haviam moçambicanos refugiados no Malawi, mas tempos depois veio a público reconhecer que pelo menos cinco mil pessoas procuraram refúgio naquele país, defendendo que aqueles se encontrava naquele país vizinho devido à seca. Agora, com a cara mais deslavada do mundo, decidiu anunciar que pretende projectar um plano de desenvolvimento integrado, ao longo da fronteira com o Malawi, para conter o fluxo de moçambicanos para o país vizinho. A decisão foi tomada, em Maputo, durante uma reunião de avaliação da situação política, nas três províncias moçambicanas, fronteiriças com o Malawi, dirigida pelo Presidente da República, Filipe Nyusi. Quanta Xiconhoquice!

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