Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:
Boatos sobre a eclosão do ébola em Moçambique
Brincadeira deve ter hora… Há dias, pessoas mal-intencionadas tentaram divertir-se às custas dos seus compatriotas, ao inventarem e porem a circular, através das redes sociais, uma xiconhoquice dando conta de que existiam casos confirmados do ébola no território moçambicano. Esta brincadeira de mau gosto criou um mal-estar entre os cidadãos e gerou alvoroço.
Contudo, os responsáveis do Ministério da Saúde (MISAU), do Instituto Nacional de Saúde (INS) e do Hospital Central de Maputo (HCM) asseguram não haver nenhum caso de referida enfermidade nem pacientes suspeitos de ter contraído o vírus da mesma, pelo contrário, os profissionais de saúde entrevistaram e entrevistam pessoas que entram no país através de fronteiras terrestres e marítimas.
Há dezenas de indivíduos que estão a ser seguidos e identificou-se os seus locais de residências e contactos. Eles foram aconselhados a contactarem as autoridades em caso de se aperceberem de sinais e sintomas da doença, devendo comunicar às autoridades logo que sentirem algo de anormal nos seus organismos.
Aliás, no âmbito do combate desta doença, o país aplicou 30 milhões de meticais na compra de luvas, capacetes, fatos-macaco, botas, mascaras e outro equipamento impermeável ao contágio do vírus”.
Desentendimento para assinatura de cessar-fogo
O Executivo da Frelimo, liderado pelo cidadão Armando Guebuza, exige que Afonso Dhlakama saia da “parte incerta” e se dirija à capital moçambicana, onde deve se encontrar com Guebuza com vista à assinatura da declaração de cessar-fogo. Todavia, a Renamo, como sempre, finca o pé, trava o braço de ferro e prova que é casmurra ao defender que, enquanto não houver cessar-fogo, não há condições objectivas para o seu líder se deslocar a Maputo.
Isto, Segundo os nossos leitores, é xiconhoquice na medida em que as partes devem, rapidamente, encontrar formas de homologarem o “Memorando de Entendimento”, os “Mecanismos de Garantias” e os “Termos de Referência da Missão dos Observadores Militares Internacionais”, em prol do bem-estar dos moçambicanos, da paz e da prosperidade.
Pesa bastante para esta xiconhoquice, também o facto de o Governo precisar de analisar e aprofundar o ideia da “Perdiz” para depois tomar uma posição com nexo. E há desconfiança de que os documentos podem ser adulterados e, mais tarde, aparecerem com assinaturas não fiáveis e credíveis.
Regime especial para Anadarko e ENI
Foi aprovado um Projecto de Lei de Autorização Legislativa atinente ao Regime Especial referente aos Projectos de Liquefacção do Gás Natural (GNL) das Áreas 1 e 4 da Bacia do Rovuma.
O dispositivo vai permitir ao Governo aprovar um Decreto-Lei que estabelece um regime jurídico contratual especial para os Projectos da Bacia do Rovuma e introduzir alterações ou isenções e celebrar acordos contratuais.
Visa facilitar a concepção, construção, instalação, propriedade, financiamento, operação, manutenção, uso de poços, instalações e equipamento conexo, seja em terra ou no mar, para a produção, mas não limitado a unidades de GNL, cais multiusos, cais de descarregamento de materiais, base de construção de equipamento de superfície, instalação para operações marítimas e modificações, incluindo sem limitação a optimização da capacidade e as respectivas expansões necessárias para produção, processamento, liquefacção, armazenamento, transporte e entrega do gás natural, dos depósitos de petróleo da Áreas 1 e/ ou 4 da Bacia do Rovuma e a venda do mesmo.
Mas os nossos leitores consideram este feito uma xiconhoquice alegadamente porque os rendimentos da produção inicial de gás natural liquefeito, por exemplo, na ordem dos 20 milhões de toneladas por ano, pouco ou de nenhuma forma vai beneficiar o povo.