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Xiconhoquices da semana: Ataques pesados à serra da Gorongosa; MDM quer entrar no diálogo; Escolas sem carteiras

Xiconhoquices da semana: Falta de acção disciplinar cvontra funcionários públicos corruptos; CNE...

Os nossos leitores elegeram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

Ataques pesados à serra da Gorongosa

Durante muito tempo, convencemo-nos de que a Renamo era um partido belicista, porém, nos últimos dias, chegam-nos informações de bombardeamentos à serra da Gorongosa por parte das tropas governamentais, o que ilustra as intenções maléficas do Governo de turno.

A Renamo acusa o Governo de ter dupla personalidades e de não estar interessado na paz pois, enquanto negoceia com este partido no Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo, ordena ataques pesados à serra da Gorongosa, onde se presume que esteja Afonso Dhlakama desde Outubro do ano passado, depois de ter abandonado a sua residência em Sathunjira. @Verdade confirmou de várias testemunhas que os bombardeamentos começaram na semana finda e na última segunda-feira foram ouvidos na vila sede de Gorongosa, tendo durado mais de duas horas.

Segundo António Muchanga, porta-voz do presidente da Renamo, “na semana antepassada saíram contingentes militares de Dondo para Muxúnguè, donde lançaram vários obuses de artilharia pesada, mas a Renamo não respondeu. Na mesma semana saíram de Maxúnguè para a serra de Gorongosa, onde a partir do posto administrativo de Canda, que fica no poente da montanha, começaram os ataques. Já no domingo (09), bombardearam a partir do posto administrativo de Vundúzi para a montanha de Gorongosa das 14H30 até às 15H30, para onde lançaram onze obuses.

MDM quer entrar no diálogo

Reza o ditado que “camarão que dorme, a onda leva”. Parece ser esse o caso do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que durante muito tempo ficou à sombra da bananeira e, nesta semana, acordou e, num comunicado, reclamou o direito de participar no diálogo entre o Governo e a Renamo, concretamente no ponto relativo à legislação eleitoral, cuja discussão decorre a bom ritmo. Por detrás desta reivindicação está o facto de este partido estar representado no Parlamento, com oito deputados, daí que considera que deve dar o seu parecer sobre qualquer assunto que diga respeito à vida política do país.

Assinado por Daviz Simango, presidente do MDM, o documento refere que a inclusão desta formação política no diálogo seria um sinal de respeito para com o eleitorado que em si depositou confiança nas eleições gerais de 2009, acrescentando que “a bipolarização em Moçambique já faz parte do passado”. “Com a nossa ascensão nas eleições de 2009, somos a terceira força política nacional, e por sinal a única força política de oposição moçambicana que, além de estar por mandato popular representada no Parlamento, governa territórios nacionais”. Quanta Xiconhoquice!

Escolas sem carteiras

Numa altura em que há relatos de negócios obscuros de madeira envolvendo altas figuras do Governo moçambicano, muitas crianças de diferentes estabelecimentos de ensino espalhados pelo país estudam ao relento, e sentados no chão sem condições para o processo de ensino e aprendizagem. E até parece ignorância dos governantes que não sabem implementar o jogo das prioridades.

O mais caricato é saber que os dirigentes adoram passar o certificado de estupidez aos alunos. A notícia dando conta que a Direcção de Educação da cidade de Maputo disponibilizou 50 carteiras duplas, 15 secretárias e igual número de cadeiras à Escola Primária Completa de Chihango é exemplo dessa tamanha Xiconhoquice.

Como é que se explica que numa escola onde estão matriculados 708 alunos o Estado vá alocar apenas 50 carteiras? Os nossos leitores questionam o seguinte: “Como será a sua distribuição por turmas ou haverá turmas especiais?”. O que é de bradar aos céus tem a ver com a falta de vergonha por parte do Executivo moçambicano que aceitou o apoio prestado pelo Governo sul-africano que doou 600 pares de uniforme, três bicicletas e um computador.

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