Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:
Adeptos do Desportivo de Nacala
Nos últimos dias, vive-se um ambiente de tensão no seio do Clube do Desportivo de Nacala. Tudo porque, depois de uma temporada de sucesso na maior prova do futebol nacional, o Moçambola, aquela formação desportiva passa por momentos difíceis na presente época. Desde o início da prova, edição 2014, a equipa não venceu uma partida sequer, volvidas cinco jornadas, situação que levou os adeptos a inviabilizarem a sessão de treino daquela colectividade.
Para se retirar do campo, o treinador Akil Marcelino teve de ser escoltado pelos seus jogadores. Os adeptos exigiam a retirada de Akil Marcelino e do seu adjunto do comando técnico da equipa Desportivo de Nacala. Insatisfeito com a indiferença da direcção do clube, o grupo de indivíduos optou por actos de vandalismo, tendo danificado a viatura daquele treinador.
Apresentação do candidato da Frelimo na TVM e no Jornal Notícias
Não basta o uso dos meios do Estado para fazer a pré-campanha do candidato da Frelimo à Presidência da República nas eleições que se avizinham, agora o gabinete de propaganda de Armando Guebuza decidiu usar os órgãos de informação públicos para a apresentação do delfim do Chefe de Estado. É compreensível que o Jornal Notícias faça o trabalho de subserviência às figuras do partido no poder a que já habitou o povo moçambicano, porém, é inadmissível que a televisão pública, a Televisão de Moçambique (TVM), fazendo usufruto dos impostos dos moçambicanos, se preste a esse serviço vergonhoso, deprimente e repugnante.
A TVM e o Jornal Notícias, na verdade, decidiram prestar um mau serviço ao público moçambicano, apresentando o candidato do partido no poder, facto que, de certa maneira, viola a lei eleitoral. Todos os candidatos das formações políticas existentes em Moçambique têm o direito a tempo de antena, porém, aqueles órgãos de informação ignoram deliberadamente esse facto. O Presidente da República, por exemplo, o mentor dessa tamanha Xiconhoquice, encontra- se em permanente violação da Constituição.
Confrontos entre as forças governamentais e os homens da Renamo
Tudo indica que as rondas de negociações entre as delegações do Governo e da Renamo, no Centro de Conferências Joaquim Chissano em Maputo, não passam de um teatro mal encenado. Ora vejamos: as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e os homens armados da Renamo envolveram-se num tiroteio intenso, na terça- -feira (22), na Serra de Gorongosa, na província de Sofala, facto que forçou a população a abandonar a zona e a refugiar-se na vila de Gorongosa, que dista cerca de 27 quilómetros do local do confronto.
Na sequência do conflito, uma ambulância militar deu entrada no Hospital Rural de Gorongosa. Entretanto, os militares, para além de cercarem a unidade sanitária e fortificarem as medidas de segurança, impediram a entrada das pessoas que acompanhavam os feridos. Informações não confirmadas dão conta de que as FDS semearam minas na Serra de Gorongosa com o objectivo de precipitar a morte do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que desde Outubro do ano passado está em parte incerta.
Nenhuma das partes envolvidas no conflito, o Governo e a Renamo, reivindicou ainda o ataque. Porém, é evidente que as habituais negociações das segundas-feiras no Centro de Conferências Joaquim Chissano são para o povo ver e aplaudir.
