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Xiconhoquices da semana: munições da incompetência; na terra de Nhocas quem tem um olho é rei; ANE

Xiconhoquices da semana: Falta de acção disciplinar cvontra funcionários públicos corruptos; CNE...

Os nossos leitores destacaram as seguintes Xiconhoquices na semana finda:

1. As munições da incompetência:

Duzentas e cinquenta e nove munições de uma metralhadora do tipo AKM e de uma arma de defesa antiaérea foram encontradas, no último fim-de-semana, na lixeira de Hulene, na capital moçambicana.

Os artefactos estavam em duas correntes de metralhadora, uma com 190 munições e uma outra, de arma de defesa antiaérea, com 69 unidades.

Segundo a Rádio Moçambique, os engenhos foram achados por jovens recolectores de lixo que frequentam aquele espaço. Desconhece-se, porém, a sua proveniência mas presume-se que tenham ido parar à lixeira trazidos por camiões de diversas instituições públicas, particularmente ligados à área de Defesa e Segurança, que diariamente escalam o local para depositar resíduos sólidos.

O porta-voz da Polícia Municipal de Maputo, Joshua Lai, cuja equipa se encontrava em jornadas de fiscalização rotineira, confirmou a descoberta dos projécteis militares e disse que seriam encaminhados ao Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) para a sua avaliação.

A fonte acrescentou que, numa primeira apreciação, podia-se concluir que os engenhos militares estavam activos, mas só os especialistas poderiam dizer algo definitivo sobre a matéria.

“Um pouco de fogo pode ser fatal porque é um material perigoso. Isso pode provocar mortes imediatamente. Num passado recente, foi achada uma arma no mesmo local”, afirmou.

Refira-se que não é a primeira vez que se encontra material bélico naquela lixeira, classificado como não sendo reciclável em lixeiras comuns. Felizmente não aconteceu o pior, mas é importante lembrar que foi por Xiconhoquices deste jaez que muitos moçambicanos perderam familiares.

2. Na terra de Nhocas quem tem um olho é rei:

O Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) e a Inspecção-Geral das Finanças confirmam que receberam denúncias sobre um suposto desfalque de pelo menos dois milhões de meticais dos cofres do Ministério da Educação (MINED) moçambicana arquitectado por alguns funcionários daquela instituição do Estado. Isso é o que foi tornado público. Outras fontes dão conta de que a Xiconhoquice foi muito para além daquela gorjeta. As duas instituições estão a investigar o caso para apurar os factos que possam levar à responsabilização dos que estiverem envolvidos na delapidação do erário.

Segundo o jornal Notícias, a Direcção do MINED está a colaborar para o esclarecimento da situação. Entretanto, o porta-voz daquela instituição, Eurico Banze, negou falar ao matutino sobre o alegado desfalque, mas confirmou que três funcionários foram suspensos em conexão com o caso e que se instauraram processos disciplinares contra eles. Há igualmente uma eventual necessidade de instrução de procedimentos criminais.

“Ainda não podemos falar de montantes envolvidos na falcatrua, mas posso garantir- vos que são significativos. Só para ilustrar, há casos de funcionários cujos salários não iam para além dos 25 mil meticais, mas que a coberto desta fraude chegavam a auferir mensalmente até 87 mil meticais”, disse Eurico Banze.

De acordo com Banze, ainda não é possível, por enquanto, indicar o período durante o qual a fraude decorreu. Sublinhou que o MINED aguarda pela conclusão dos processos de investigação para tomar o pulso de todos os contornos do desfalque.

3. ANE:

As Xiconhoquices da Administração Nacional de Estradas são várias. Começam na falta de planificação e terminam na paupérrima cultura de trabalho. A estrada nacional ficou cortada num trecho pequeno., mas os briosos homens da ANE levaram quatro dias a restabelecer o tráfego. É obra.

Os trabalhos de asfaltagem da estrada que liga as províncias de Nampula e Niassa, concretamente no distrito de Cuamba, estão atrasadas devido a lacunas na planificação de empreitadas por parte da Administração Nacional de Estradas (ANE), não obstante a chuva que cai intensamente no país, desde Dezembro último, ter agravado a situação.

Redacção

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