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WIOCC E TDM lançam projecto de fibra óptica submarino

A sociedade WIOCC e a empresa Pública Telecomunicações de Moçambique (TDM) lançaram última sexta-feira, em Maputo, o projecto da construção do sistema de cabo marino na costa oriental de Africa, ligando este continente e a Europa numa extensão de dez mil quilómetros.

Trata-se do “Projecto EASSy (Sistema de Submarino da Africa Oriental)”, orçado em 260 milhões de dólares e que é o maior cabo submarino da Africa, incorporando as mais recentes tecnologias de fibra óptica submarina. A TDM entra no projecto através da WIOCC, sociedade em que a empresa moçambicana tem participações, tendo desembolsado, até agora, mais de quatro milhões de dólares. No âmbito deste projecto, prevêse que o primeiro ponto de ligação seja instalado na Baia de Maputo no próximo dia Um de Dezembro.

Este cabo terá uma extensão de 40 quilómetros desde o cabo do EASSy até aos cabos continentais da TDM em Maputo. Falando sexta-feira, em conferência de imprensa, destinada a fazer o lançamento formal do projecto, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da TDM, Joaquim de Carvalho, disse que a construção deste sistema estará pronto em Abril de 2010, devendo entrar em funcionamento em Julho do mesmo ano. “Com este sistema os custos de utilização de Internet vão baixar consideravelmente.

Qualquer coisa como baixar para a metade”, disse de Carvalho, apontando que os actuais custos de Internet são muito elevados, sobretudo para o “downloud” de imagens e livros. Ele disse que o sistema irá beneficiar tanto aos clientes individuais como a instituições, incluindo empresas provedoras dos serviços de Internet. Igualmente, o sistema em questão irá beneficiar os países vizinhos de Moçambique através dos cabos terrestres da TDM. Por seu turno, o PCA da empresa EASSy, Trevor Martins, salientou a importância desta infra-estrutura de comunicação para o desenvolvimento de um grupo de países, e não apenas um deles.

“Nós procuramos trazer soluções duradouras para a maioria da população do continente”, disse Martins, sublinhando que, em termos práticos, isso significa oferecer rede de banda larga a preços baixos, sobretudo para os estudantes universitários, crianças, trabalhadores, entre outros grupos de baixa renda. Chris Wood, Presidente da WIOCC, explicou, por sua vez, que o sistema possui a mais recente tecnologia com uma larga capacidade de funcionamento.

Aliás, ele disse, a título de exemplo, que um único cabo desse sistema pode estar a funcionar em muitos países ao mesmo tempo. Considera-se que este cabo seja melhor em relação a todos os sistemas do género actualmente em funcionamento em Africa. Além dos fundos dos seus accionistas, a implementação deste projecto conta com financiamento de instituições internacionais de desenvolvimento.

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