A crise financeira global, cujos efeitos também se fazem sentir em Moçambique, terá igualmente impacto no desempenho económico da operadora privada Vodacom, admitiu, quinta-feira, em Maputo, Salimo Abdula, Presidente do Conselho de Administração (PCA) cessante.
O impacto será sentido mais a nível dos clientes, concretamente na redução da utilização dos serviços. Salimo Abdula explicou que “uma vez que o poder aquisitivo das pessoas é baixo, elas vão reduzir os gastos nas telecomunicações e isso terá impacto nas nossas receitas”.
Para evitar que o impacto seja elevado, de acordo com Salimo Abdula, a Vodacom elaborou um plano de acção. O referido plano, cujo conteúdo não foi revelado a imprensa, também visa fazer face aos desafios colocados com a entrada da terceira operadora de telefonia móvel no mercado.
“Para garantir que os nossos clientes continuem a beneficiar dos nossos serviços, mesmo em situações difíceis, temos estado a inovar as nossas ofertas. A Vodacom lançou tarifas super reduzidas que permitiram que mais pessoas passassem a comunicar a custo mínimo, entre outras iniciativas” detalhou.
Sobre aos investimentos da Vodacom, Abdula afiançou que os recursos não serão afectados visto que os mesmos já foram aprovados.
Desde a sua entrada em funcionamento no mercado nacional, a Vodacom está a implementar no país um plano de investimentos orçados em cerca de 450 milhões de dólares norte-americanos na expansão da cobertura da rede e na instalação da sua própria rede de transmissão ligando o sul e o norte do país.
“Os nossos investimentos não foram e nem serão afectados porque já tinham sido aprovados antes da eclosão desta crise” sublinhou. A Vodacom Moçambique iniciou as suas operações em Dezembro de 2003 e tem como accionistas” Vodacom International Limited, as empresas moçambicanas Emotel, Intelec Holdings Limitada e a Whatana Investiments Limitada.
Esta operadora detém 45 por cento da quota de mercado, com cerca de 3 milhões de clientes.