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Viúva ameaçada de despejo na Matola

Uma cidadã que responde pelo nome de Sofia Mandlate, de 42 anos de idade, está a ser obrigada, pelos familiares do seu falecido esposo, a desocupar a casa na qual vive, há mais 10 anos, alegadamente porque ela não goza de nenhum direito sobre a mesma, em virtude de não ter tido filhos com o seu ex-marido. O caso arrasta-se há mais de três anos, no quarteirão 13, no bairro da Liberdade, no município da Matola.

Trata-se de uma casa modesta tipo 3. Sofia vive desesperada em resultado da pressão que está a sofrer por parte dos parentes do falecido consorte, sobretudo dos cunhados, e considera-se uma pessoa com um futuro incerto.

“Quando o meu marido ainda estava vivo cuidei dos meus cunhados porque na altura eram pequenos, mas agora tratam-me como uma inimiga”, disse a nossa interlocutora e acrescentou que o conflito entre as partes é do conhecimento das autoridades do bairro mas nada tem sido feito.

“A situação prevalece há três anos e meio. As mesmas pessoas chegam à minha casa durante a noite, ameaçam-me de morte e dirigem-me palavras obscenas”.

Sofia disse também que não submeteu nenhuma queixa às autoridades policiais porque foi aconselhada pelos líderes do bairro a resolver o assunto entre família. “Estou agastada e gostaria que alguém me ajudasse. Aqui (referia-se à asa em “litígio”) tem todo o meu esforço de há anos. Ninguém me pode tirar daqui”.

Moisés Carlos, chefe do quarteirão 13 na Liberdade, reconheceu que está a par do caso e para ele os cunhados de Sofia estão revelar um comportamento de gente de má-fé. Por várias vezes tentou interferir mas foi severamente ameaçado pelos familiares do falecido para que se mantivesse longe… “Eles disseram que iam me solicitar se fosse necessário”.

Um dos cunhados que se identificou pelo nome de Henriques João, de 31 anos de idade, que por sinal o principal protagonista do acto, disse ao @Verdade que está disposto a vender a casa porque a mesma pertencia ao seu irmão.

Ele acusou a viúva de ter orquestrado a morte do seu irmão alegadamente para ficar com a casa. Henriques julga que a melhor solução para o problema que opõe as partes é a venda da habitação e divisão do dinheiro para que ninguém fique prejudicado.

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