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Venda de terras a brasileiros é um mal entendido

O Ministro da Agricultura, José Pacheco, disse ser “falso alarme” as notícias veiculadas, recentemente, dando conta de que o governo moçambicano prepara-se para vender cerca de seis milhões de hectares de terras aráveis a agricultores brasileiros.

Falando, Quinta-feira, a imprensa, momentos depois da sessão ordinária do Conselho de Ministros, Pacheco disse que não é verdade que haja qualquer plano para a venda de terra aos agricultores brasileiros.

“Não há venda de terra. O que existe é um acordo trilateral envolvendo Moçambique, Brasil e Japão para promover o desenvolvimento de agricultura no país”, esclareceu o Ministro.

Segundo ele, a luz desse acordo, haverá potenciação dos agricultores nacionais, de forma a incrementar a sua capacidade de produção.

Confrontado com as notícias divulgadas na imprensa brasileira sobre o assunto, Pacheco insistiu que houve um mal entendido.

Ele explicou que, de facto, foram identificados cerca de seis milhões de hectares de terras aráveis ao longo do Corredor de Nacala, Norte do país, para a implementação de projectos virados ao desenvolvimento da agricultura, cuja aquisição tem de ser de acordo com o que está estabelecido na legislação sobre a matéria, particularmente a Constituição da República e a Lei de Terras, as quais preconizam que em Moçambique a terra não se vende.

Durante a sessão do Conselho de Ministros, o Governo analisou o balanço da campanha agrícola 2010/2011, tendo concluído que os resultados são positivos.

Segundo Pacheco, sem contar com as colheitas da segunda época, os resultados preliminares apontam para o cumprimento do plano em 96.5 por cento.

“Esperamos cumprir o plano já que há ainda culturas da segunda época”, afirmou o Ministro, sublinhando que “estamos com indicadores positivos”.

Falando sobre as culturas de rendimento, Pacheco manifestou a sua preocupação com relação a cana sacarina, cujo rendimento não é o desejado, havendo necessidade de se trabalhar mais nesta área.

Na ocasião, Pacheco anunciou que a cerimónia oficial de lançamento da próxima campanha agrícola (2011/2012) terá lugar no dia 16 de Outubro de 2011, em Barue, província central de Manica.

Pretende-se que haja um crescimento na ordem de 10,9 por cento nas culturas alimentares para garantir a segurança alimentar. De igual modo, atenção especial será dada sobre as culturas de rendimento como algodão e cana sacarina.

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