Moçambique e vários países de baixa renda vão beneficiar de cerca de 17 biliões de dólares norteamericanos, até 2014, para minorar o impacto negativo da recessão económica mundial que resulta da crise financeira mundial despoletada, em 2007, nos Estados Unidos da América (EUA).
O novo pacote de crédito é do Fundo Monetário Internacional (FMI) e o seu reembolso será a taxa zero, até finais de 2011, “passando a vigorar depois disso flexibilidade na sua liquidação”, segundo Dominique Strauss-Kan, director-geral daquela instituição financeira mundial.
Strauss-Kan revelou ainda que o financiamento faz parte integrante de um novo programa global de apoio aos países de baixa renda no valor de 250 biliões de dólares para apoiar a recuperação económica daqueles países e reforçar a sua balança de pagamentos “e caso venha a ser aprovado pela direcção do FMI irá começar a ser implementado a partir de Agosto próximo”.
O valor irá ser gerado pela venda pelo FMI de 400 toneladas métricas de ouro ao preço de 850 dólares por onça, “para reforçarmos as reservas internacionais líquidas dos países de baixa renda que estão a sofrer da recessão económica causada pela crise financeira mundial surgida nos países mais desenvolvidos e que se faz sentir nos de baixa renda através da redução das suas receitas internas”, elucidou o director-geral do FMI.
Frisa-se que Moçambique beneficiou, em 2009, de 170 milhões de dólares desembolsados pela mesma instituição para o reforço das suas reservas internacionais líquidas por forma a cobrirem cerca de seis meses de importação sem exportação. A mesma instituição financeira do sistema de Bretton Woods tem vindo a duplicar o seu apoio aos países menos desenvolvidos desde 2009, altura em que desembolsou cerca de 2,9 biliões de dólares, contra cerca de 1,5 bilião de 2008.
