Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

KPMG detecta disparidades nas contas de 2006 do INSS

Auditores independentes a soldo da companhia KPMG afirmam ter tido dificuldades na disponibilização da totalidade das reconciliações bancárias do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) que iriam permitir a confirmação da existência e exactidão dos saldos bancários evidenciados nas demonstrações financeiras daquela instituição estatal.

“Face ao volume e natureza das transacções, não nos é possível confirmar a existência e exactidão dos saldos bancários, porque, até 31 de Dezembro de 2006, não havia sido disponibilizada a totalidade das reconciliações bancárias”, explica aquela companhia de auditoria e pesquisa no seu relatório datado de 5 de Janeiro de 2010 sobre Relatório e Contas 2006 do INSS.

Evidencia o documento cuja cópia está em poder do Correio da manhã que, embora tivesse solicitado, “não recebemos as respostas ao nosso pedido de confirmação directa e independente dos saldos bancários em 31 de Dezembro de 2006 e outras informações relevantes relativamente ao Standard Bank, Banco Comercial e de Investimento, Banco Internacional de Moçambique, African Banking Corporation, Barclays Bank, First National Bank e Procredit”.

A companhia lamenta igualmente o facto de o INSS não ter apresentado os documentos de suporte, tais como promissórias e contratos para dois depósitos a prazo constituídos no Banco Comercial e de Investimentos e um depósito no First National Bank, cujo saldo total em 31 de Dezembro de 2006 era de 18 430 801 meticais, “situação aliada ao facto de não termos recebido confirmações directas e independentes destes bancos, não nos permitiu efectuar qualquer precedimento de auditoria para validar o saldo”.

Consequentemente, a KPMG refere que não é possível emitir qualquer opinião de auditoria em relação àquele saldo, bem como conclusões em relação à receita de juros de depósitos a prazo.

Desfalque de USD 8 milhões

Indica a seguir que também não obteve as listagens individuais de devedores contribuintes preparados pelo Departamento Técnico para a cidade de Maputo e províncias de Maputo e Sofala, “daí não ter sido possível emitir qualquer opinião de auditoria em relação ao saldo de 22 516 309 meticais relevado no balanço do Instituto em 31 de Dezembro de 2006”.

Foi, entretanto, naquela instituição estatal onde se detectou um rombo financeiro avaliado em cerca de oito milhões de dólares norte-americanos que veio a culminar com a demissão do directorgeral do INSS, Abílio Mussane, e sua posterior expulsão do Estado.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!