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Unidade e paz fundamentais na vitória contra a pobreza – Guebuza

O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, destacou a unidade, crença e a preservação da paz como elementos fundamentais na vitória contra a pobreza que ainda afecta um grande número de concidadãos em várias partes do país.

“Para vencermos a pobreza temos de acreditar e estarmos unidos”, disse o Presidente, sublinhando que “se estivermos no distrito, posto administrativo, localidade, precisamos de combater a pobreza e que só poderemos vencer se estivermos unidos”.

Guebuza falava no concorrido comício popular que orientou, terça-feira, no Posto Administrativo de Nhamagua, distrito de Macossa, a cerca de 200 quilómetros da cidade de Chimoio, capital provincial de Manica, inserido na Presidência Aberta e Inclusiva que efectua a esta parcela do país, já na sua penúltima etapa.

O posto administrativo de Nhamagua, com uma diversidade de flora e fauna, é abastada em espécies como mutondo, panga-panga, chanfuta, umbila, chacata preto, mondzo, sândalo, e variedades faunisticas como elefante, búfalo, cudo, chango, javali, impala, pala-pala, entre outras.

Dada a abundância de recursos faunísticos e florestais, o posto não escapa as incursões de caçadores furtivos, que “invadem” as coutadas e farmas para abater ilegalmente as espécies.

O conflito homem-fauna bravia também constitui uma realidade em Nhamagua, com os elefantes a invadirem as hortas das populações a procura de comida e as pessoas atacadas por cobras como a “mamba”. Aliás, segundo fontes ligadas aos serviços distritais de agricultura, cinco pessoas morreram este ano, na sequência de picadas venenosas de cobras.

Em Nhamagua, Armando Guebuza foi confrontado com vários problemas que inquietam os residentes como é o caso da asfaltagem de estradas para permitir o escoamento dos excelentes níveis de produção para o mercado, a instalação do sinal de telefonia móvel, a elevação do nível de ensino para o secundário, dado que ali se estuda apenas até o ensino primário completo.

O sinal de telefonia móvel permitiria, segundo os residentes de Nhamagua, comunicar a sede distrital em Macossa para a disponibilização de meios de socorro em casos de haver doentes graves, sobretudo as mães grávidas em situação de parto complicado.

Ainda no domínio da saúde, os residentes pediram ainda a alocação de uma ambulância para evacuar os doentes que necessitam de cuidados médicos ainda não oferecidos naquele ponto do país.

Guebuza disse aos milhares de residentes que se dirigiram ao comício que “os nossos antepassados nos legaram as terras (ricas), rios e montanhas e nós devemos, também, usar e deixar para os nossos filhos”.

Aliás esta foi a segunda vez que Nhamagua recebe um Presidente, depois do falecido Samora Machel que perdeu a vida num acidente aéreo ocorrido em Mbuzini, na Africa do Sul, em Outubro de 1986.

Os recursos de que os moçambicanos foram dotados podem ajudar a resolver muita coisa que é parte da pobreza que ainda se manifesta de várias formas na vida de muitos moçambicanos.

Guebuza apontou, a título ilustrativo, a importância que desempenham as raízes das árvores, primeiro na sustentabilidade da própria árvore assim como na elaboração da seiva que alimenta os frutos colhidos em todas as épocas.

O estadista moçambicano transpôs este exemplo para o caso dos moçambicanos que têm terras ricas, férteis para a prática da agricultura, recursos para exploração e transformação em matéria-prima para outros fins capazes de gerar riqueza para os filhos do país.

“Para vencer a pobreza é preciso ter muita coisa junta, mas entre tais coisas precisamos de acreditar que vamos acabar com ela”, disse Guebuza, apontando que cada moçambicano deve interiorizar que “eu não nasci para ser pobre e o meu destino não é ser pobre”, porquanto os moçambicanos gostam de trabalhar e têm recursos para concretizar os seus sonhos.

A unidade de todos os moçambicanos é, segundo o Presidente, fundamental mas não basta ter unidade e acreditar, “temos também que ter certeza de paz”.

Quando a paz reina, as pessoas podem ir a machamba sem medo, porque sabem que ninguém as vai incomodar, podem construir escolas, hospitais e viajar sem nenhum problema.

“A paz é um bem que todos devemos defender, porque sabemos o quanto custa não ter a paz”, disse o estadista moçambicano, apelando para que se trabalhe em prol da sua preservação.

As escolas, estradas que o país está a edificar resultam, segundo o Presidente Guebuza, da paz mas que é preciso fazer mais e aí todos os actores verão muitas maravilhas produzidas por eles próprios.

Ainda terça-feira, Guebuza orientou uma Sessão Extraordinária da Secretaria do Posto Administrativo Alargado ao Conselho Consultivo local, seguida da Sessão Extraordinária do Comité de Zona do Partido Frelimo Alargada a outros Quatros, para no final da tarde reunir-se com jovens. A visita a Macossa começou com o plantio de árvores e, posteriormente, se escalou algumas florestas comunitárias.

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