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UE impõe sanções a 15 políticos e militares por crise na Ucrânia

A União Europeia ampliou, esta terça-feira (29), as sanções à Rússia, impondo um congelamento de bens e uma proibição de vistos a 15 autoridades russas ou líderes rebeldes ucranianos, mas muitos países do bloco europeu relutam em dar um passo além e aplicar uma maior pressão económica à Rússia.

Entre os funcionários russos punidos pela UE estão o vice-primeiro-ministro Dmitry Kozak e o general Valery Gerasimov, além de líderes separatistas do leste da Ucrânia. Os empresários foram poupados. Agora já são 48 indivíduos sob sanções da UE por causa de atitudes vistas como prejudiciais à integridade territorial da Ucrânia.

A chefe de política externa da UE, Catherine Ashton, disse que os acontecimentos no leste da Ucrânia contrariam o acordo alcançado neste mês em Genebra por representantes da Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e UE, com vistas a encerrar uma crise política que já dura quase seis meses.

“Peço à Rússia agora que tome uma acção concreta para apoiar o acordo de Genebra”, disse ela em nota. A Rússia insinuou que a União Europeia deveria envergonhar-se por “seguir as ordens de Washington” e impor sanções à Rússia.

O autoproclamado prefeito de uma cidade controlada por separatistas no leste da Ucrânia disse que só negociará a libertação de observadores militares tomados como reféns se a UE retirar as sanções aos líderes rebeldes.

A crise na Ucrânia começou em Novembro, quando o então presidente Viktor Yanukovich rejeitou um acordo de associação com a UE, preferindo uma maior aproximação com Moscovo. Os protestos populares pró-UE levaram à queda de Yanukovich e à instalação de um governo pró-ocidental, o que levou a uma rebelião no leste russófono da Ucrânia.

Em Fevereiro, a península da Crimeia votou por ser anexada à Rússia. O governo provisório da Ucrânia e potências ocidentais acusam Moscou de estimular o separatismo no leste ucraniano, o que o Kremlin nega.

A UE, muito dependente do gás russo, até agora impôs sanções mais brandas do que os EUA, que na segunda-feira anunciou medidas contra mais sete indivíduos, inclusive Igor Sechin, presidente da estatal Rosneft, e a 17 companhias vinculadas ao presidente russo, Vladimir Putin. Washington também decidiu proibir a exportação para a Rússia de tecnologias que possam ter uso militar.

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