Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

UE apela à responsabilização da polícia pelas mortes durante as autárquicas 2013

A União Europeia (UE) apela a que se investigue a acção dos agentes da Polícia da República de Moçambique e da Força de Intervenção Rápida que causou a morte e ferimento de vários cidadãos durante as quartas eleições autárquicas, realizadas no dia 20 de novembro, para que sejam apuradas as devidas responsabilidades. Este organismo internacional, cuja posição vem a propósito do início da preparação para o escrutínio deste ano, defende ser fundamental garantir “a probidade do processo eleitoral assim como a segurança dos eleitores”.

As eleições passadas foram profundamente marcadas pelo uso excessivo da força por parte da polícia, facto que resultou, para além de feridos graves, na morte de cidadãos.

Numa declaração conjunta com os chefes das missões da Islândia, Noruega e Suíça, a UE reafirma a importância de processos eleitorais justos, transparentes e inclusivos como sendo indispensáveis para assegurar a paz e a democracia.

Este apelo é tornado público numa altura em que a preparação para a realização de eleições gerais entro nos seus derradeiros momentos com a realização do recenseamento de raiz.

Sobre as eleições autárquicas de 20 de Novembro, cujos resultados foram, recentemente, validados pelo Conselho Constitucional, com a excepção de Município de Gurúè, que terá de repeti-las a 8 de Fevereiro, aquele entidade internacional afirma ter notado com apreço os esforços desenvolvidos para melhorar a transparência do exercício eleitoral”.

“Em geral, as entidades eleitorais responderam bem ao desafio logístico de organização das eleições, num calendário apertado e tendo igualmente em conta as 10 municipalidades adicionais criadas”, refere.

Contudo, elucida a UE, foram sublinhadas sérias insuficiências, tais como a detenção arbitrária de delegados dos partidos, a não acreditação de muitos observadores nacionais na cidade da Beira, o desaparecimento de editais de resultados, indicações de duplicação e da introdução ilícita de votos nas urnas, ou ainda interferências nos boletins de voto que os invalidaram. Mecanismos efectivos de recurso contra irregularidades e o apuramento de responsabilidades no que respeita aos autores das mesmas são importantes para assegurar a credibilidade de eleições”.

Assim, prossegue, com as eleições gerais marcadas para 15 de Outubro de 2014, a União Europeia reitera o seu apelo a que esforços suplementares sejam desenvolvidos para garantir aos cidadãos moçambicanos transparência e credibilidade em todo o processo de votação.

A finalizar a UE apela a todas as forças políticas democráticas a reconhecerem que as divergências políticas deverão ser resolvidas exclusivamente através do diálogo e do voto, num ambiente pacífico, assim como no quadro parlamentar.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!