As Forças Armadas da Ucrânia pretendem lançar uma operação de “grande escala” contra o terrorismo para combater militantes separatistas pró-Rússia, disse, domingo (13), o presidente em exercício Oleksander Turchinov, elevando o risco de um confronto militar com Moscovo.
Enfurecido com a morte de um oficial de segurança do Estado e pelos ferimentos causados noutros dois membros de órgãos de ordem pública num confronto na cidade de Slaviansk, Turchinov deu prazo até segunda-feira a rebeldes que ocupam prédios públicos para que deponham as armas.
Turchinov acusou a Rússia, que se opôs ao levante pró-Europa que forçou a saída do poder do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich, apoiado pela Rússia, de estar por trás da série de levantes em cidades, cujo idioma que falam é o russo, na região leste da Ucrânia.
“O sangue de heróis ucranianos foi derramado na guerra que a Federação Russa está a travar contra a Ucrânia”, disse o presidente em um pronunciamento à nação. “O agressor não parou e continua a disseminar desordem no leste do país.”
O Ministério das Relações Exteriores russo chamou a operação militar planeada pela Ucrânia de “ordem criminosa” e afirmou que o Ocidente deve manter sob controle os seus aliados no governo da Ucrânia.
“Agora é responsabilidade do Ocidente evitar uma guerra civil na Ucrânia”, disse em comunicado o ministério. A nota afirma ainda que colocará na pauta do Conselho de Segurança da ONU uma discussão urgente sobre a situação no leste ucraniano.
Apesar de os militares da Ucrânia não terem resistido com força à anexação russa da península ucraniana da Crimeia, Turchinov ameaçou com uma ação robusta contra rebeldes no leste.