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UA / Cimeira começa com o SG da ONU a defender um GUN na Costa do Marfim

O Secretário-geral das Nações Unidas, Ban kimoon, apresentou, domingo, aos líderes africanos reunidos em Cimeira em Addis Abeba, a capital etíope, um plano para a solução da crise pós-eleitoral na Costa do Marfim, que inclui a constituição de um Governo de Unidade Nacional (GUN) formado por Alassane Ouattara, considerado vencedor das recentes eleições presidenciais naquele pais.

Além da formação de um GUN, o plano inclui ainda a consideração dos resultados eleitorais, apoio ao governo legitimo, remoção de todos os obstáculos ao trabalho das Nações Unidas e coordenação entre o Painel da União Africana (UA), a ser destacado para a Costa do Marfim, e a própria Organização das Nações Unidas (ONU).

Ban Ki-Moon disse aos mais de 40 Chefes de Estado e de Governo que participam na XVI Cimeira da UA que o plano contribuiria para conferir maior credibilidade quer as Nações Unidas, quer a própria UA.

O Chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza, que Sábado presidiu a Cimeira do Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP), lidera a delegação moçambicana a reunião magna da organização continental.

Na sequencia da crise pós – eleitoral na Costa do Marfim, a UA suspendeu Laurent Gbagbo da organização continental e, segundo anunciou o Presidente da Comissão, Jean Ping, na abertura da Cimeira, criou um Painel de Alto Nível que será composto por Chefes de Estado e de Governo das cinco regiões do continente para num prazo determinado apresentar um relatório sobre a situação na Costa do Marfim, depois de auscultar todas as forcas vivas da sociedade naquele pais da África Ocidental.

Não obstante a pressão internacional e da própria derrota eleitoral que sofreu nas eleições presidenciais de Novembro ultimo, Laurent Gbagbo recusa sair do poder.

O Secretário-geral das Nações Unidas pronunciou-se igualmente sobre a crise que se regista na região Norte de África, defendendo o estabelecimento de um governo inclusivo na Tunísia com vista a criar condições para a restauração da paz e estabilidade naquele pais.

Para o Egipto, Ban Ki-Moon voltou a apelar ao fim da violência e ao respeito as liberdades fundamentais e direitos humanos naquele pais. ‘Devemos ouvir a voz do povo, suas aspirações, suas esperanças rumo a um futuro melhor’, disse Ban Ki-Moon no seu discurso.

Por sua vez, o Presidente francês, Nicholas Sarkozy, apelou a reforma das Nações Unidas. Convidado de honra a Cimeira, o que acontece pela primeira vez a um estadista francês desde 1963, Sarkozy prometeu fazer tudo, na sua qualidade de Presidente rotativo do G8 e G20, para que a África possa ter mais lugares no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O primeiro dos dois dias da Cimeira, que decorre a porta fechada, foi marcada pela passagem da Presidência rotativa da UA do Presidente do Malawi, Bingo Wa Mutarika, ao Presidente da Guine -Equatorial, Obang Nguema.

No seu primeiro discurso, Nguema apelou aos seus homólogos para juntos trabalharem com vista a resgatar os valores culturais, a unidade e a solidariedade dos povos africanos.

A Cimeira, que decorre sob o lema ‘Rumo a uma maior unidade e integração através de valores partilhados’, prossegue Segunda-feira, ultimo dia dos trabalhos, devendo analisar o relatório da comissão sobre a paz e segurança, adoptar o orçamento para 2011, entre outros assuntos da agenda africana.

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