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Tunísia condena ex-presidente Ben Ali a prisão perpétua

Um tribunal da Tunísia sentenciou esta quarta-feira (13) o ex-presidente Zine al Abidine Ben Ali à prisão perpétua pelo seu envolvimento na morte de centenas de manifestantes no ano passado, mas o líder deposto está exilado na Arábia Saudita e dificilmente será extraditado.

Rafik Belhaj Kacem, ex-ministro do Interior, foi sentenciado a 15 anos de prisão, e sete ex-chefes de segurança também foram condenados a penas diversas.

Eles são os primeiros ex-funcionários graduados a serem sentenciados pelas mortes ocorridas durante a rebelião popular que deu início à chamada Primavera Árabe.

Dos 23 réus pelas mortes dos manifestantes nas cidades de Kasserine, Tala, Kairouan e Tajrouine, 14 foram absolvidos, inclusive o então chefe da segurança presidencial, Ali Seriati, e Ahmed Friaa, que foi nomeado ministro do Interior logo antes de Ben Ali fugir da Tunísia.

“Essas absolvições devem causar indignação nas famílias das vítimas, que já esperaram quase um ano e meio por justiça. ?O veredicto é injusto. As sentenças são brandas, essas sentenças foram afetadas por pressão política. A corte caiu numa armadilha”, disse Chardedine Glail, que representa as vítimas no processo. “Como pode Ben Ali ser condenado a prisão perpétua se ele foi acusado de envolvimento nas mortes, ao passo que Kacem apanhou 12 anos ao ser acusado pelos assassinatos?”

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