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Tuberculose reduz incidência em Erati

O distrito de Erati, um dos mais afectados pela tuberculose na província de Nampula, está a registar progressos nos seus esforços dirigidos à redução da incidência daquela doença, mercê não somente do engajamento das autoridades governamentais locais e parceiros de intervenção, mas, sobretudo, das comunidades através da sensibilização dos afectados para aderirem ao tratamento.

A organização não governamental nacional Kulima é a parceira principal do governo de Erati nas acções visando a redução da incidência da tuberculose, que consistem na sensibilização para prevenção e tratamento sanitário da doença ao nível das comunidades.

Victor Sousa, coordenador da Kulima em Nampula, revelou que a taxa de despiste da tuberculose no distrito de Erati decresceu, entre Junho a esta parte, para cerca de 86 por cento do universo da sua população, estimada em 257 mil habitantes. Ao longo do período em análise, a taxa de cura da doença situou-se em 93 por cento, sendo dois por cento de óbito e sete de abandono.

A sensibilização das 250 comunidades, onde a Kulima desenvolve o seu trabalho, é garantida por uma equipa composta por 200 voluntários de saúde seleccionados entre os agentes polivalentes que trabalham com o sector da saúde naquele distrito do interior, assistidos por 25 técnicos do sistema público de saúde. Segundo Victor Sousa, os voluntários que trabalham com a sua organização beneficiaram de treinamento para a mobilização de pacientes de tuberculose no sentido de aderir ao tratamento que é garantido a gratuito.

Porquanto alguns pacientes se mostram relutantes ao seu tratamento devido, sobretudo, a factores decorrentes do estigma no seio da família e por suspeita de associação da tuberculose com a pandemia do Hiv-Sida. No entanto, apesar da colaboração que os líderes comunitários locais têm prestado para o sucesso alcançado até agora no esforço do combate à tuberculoso, a fonte alerta para a necessidade de evitar a rotura de stocks de medicamentos para o tratamento da tuberculose, garantindo o seu fornecimento regular. Segundo o informador, esta situação tem associação com a resistência e o abandono do tratamento por parte dos pacientes.

Por outro lado, a fonte defende que as longas distâncias que separam as unidades sanitárias dificultam a intervenção da Kulima e do governo para a redução da incidência da tuberculose. Pois que tanto o sector da Saúde como a Kulima enfrentam dificuldades em meios de transporte para intervir em todas as regiões abrangidas pelo projecto que conta com um financiamento da FHI, através da agência norte-americana para o desenvolvimento USAID.

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