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Tripulação da Asiana tentou acelerar o avião antes do acidente

A presidente do Conselho Nacional de Segurança dos Transportes (NTSB, na sigla em inglês), Deborah Hersman, disse que a tripulação do Boeing 777 da Asiana Airlines tentou aumentar a velocidade segundos antes do acidente em San Francisco que matou duas estudantes chinesas adolescentes e feriu mais de 180 pessoas.

Hersman disse que a velocidade da aeronave estava significativamente abaixo do ritmo normal de 137 nós no momento da batida e que o alarme de “stall” foi activado 4 segundos antes do impacto. A presidente do NTSB afirmou ainda que os controladores aéreos não perceberam nenhum problema no voo até que a cauda da aeronave bateu na área de aproximação de uma passarela próxima da pista de pouso.

As caixas-pretas do avião – o gravador de voz da cabine do piloto e o gravador de dados do voo – foram recuperadas e enviadas a Washington para análise. A Administração Federal de Aviação também está a investigar o acidente. A Asiana Airlines disse, este Domingo, que os investigadores coreanos de acidentes estavam a caminho de São Francisco.

A Asiana praticamente descartou a possibilidade de ter ocorrido uma falha mecânica. A companhia aérea recusou-se a culpar o piloto ou a torre de controle de San Francisco. Hersman disse, este Domingo, não haver indicativo de acto criminoso, mas pregou cautela.

“Tudo ainda está sobre a mesa”, disse ela durante o programa do canal televisivo NBC “Meet the Press”. Durante os próximos dias, investigadores vão entrevistar os pilotos e observar os dados das caixas-pretas, equipamentos de radar e outras informações para determinar a causa do acidente, disse Hersman numa entrevista no programa “State of the Union” da CNN.

“É muito importante juntar todas as peças do quebra-cabeça”, disse Hersman. Fotos tiradas por sobreviventes mostraram passageiros a correrem para longe do avião destruído. Uma espessa fumaça subia da fuselagem, e imagens de TV mostraram mais tarde o avião destruído e enegrecida pelo fogo.

Grande parte da sua cobertura havia desaparecido. As vítimas foram identificadas como Ye Meng Yuan Jia e Wang Lin, duas estudantes chinesas de 16 anos de idade, disse Asiana Airlines. Elas haviam sido acomodadas na parte traseira da aeronave, segundo as autoridades do governo em Seul e da Asiana.

A queda do avião foi o primeiro acidente fatal envolvendo o Boeing 777, um jacto popular de longo alcance em serviço desde 1995. Também foi o primeiro acidente fatal da aviação comercial nos Estados Unidos, desde que um avião regional, operado pela Colgan Air, caiu em Nova York em 2009.

Asiana disse, este Domingo que o voo, que teve origem em Xangai, transportava 291 passageiros e 16 tripulantes. Os passageiros incluíam 141 chineses, 77 sul-coreanos, 64 cidadãos norte-americanos, três índios, três canadenses, um francês, um vietnamita e um cidadão japonês.

Segundo Dale Carnes, vice-representante adjunto do Departamento de Bombeiros de San Francisco, 49 pessoas foram hospitalizadas com ferimentos graves. Outra 132 sofreram ferimentos moderados a leves. Cinco pessoas estavam em estado grave no Hospital Geral de São Francisco, segundo a porta-voz Rachael Kagan.

Ela disse que um total de 52 pessoas foram tratadas por queimaduras, fracturas e ferimentos internos. Três pessoas estavam em condições críticas no Hospital Stanford. O sobrevivente Benjamin Levy disse à emissora NBC que acredita que o avião de Asiana se aproximava do aeroporto numa altitude muito baixa.

“Eu conheço o aeroporto muito bem, então percebi que ele estava a voar um pouco baixo demais, rápido demais, e que de alguma forma ele não ia descer na pista a tempo, ele estava muito baixo… ele acelerou um pouco e tentou subir novamente”, disse ele numa entrevista por telefone.

“Mas já era tarde demais, então nós atingimos a pista muito mal, e então começamos a subir para o ar novamente até que pousamos de novo, com muita força.” disse Levy que abriu uma porta de emergência e conduziu as pessoas para fora.

“Nós conseguimos tirar quase todas as pessoas da traseira do avião”, disse ele. “Quando chegamos lá fora, tinha um pouco de fumaça. Não havia fogo no momento. O fogo veio depois.” A Asiana, uma empresa aérea de pequeno porte da Coreia do Sul, teve outros dois acidentes fatais na sua história de 25 anos.

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