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Trinta mil produtores de cajú vão receber apoio financeiro

Trinta mil produtores da castanha de cajú no Norte de Moçambique vão beneficiar de um apoio directo do Governo americano para produzirem mais, melhorar a extensão agrícola, os terrenos de demonstração, comercialização, desenvolver estufas para gerar novas variedades de mudas,  dentre outras acções.

Para o efeito, ainda este mês será assinado um acordo de três ano, com inicio previsto para Janeiro do próximo, entre o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América e a Technoserve, no âmbito do programa denominado Comida Para o Progresso.

O acordo prevê o desembolso de cerca de 15 milhões de dólares, valor que envolve a assistência técnica das fábricas de processamento da castanha de cajú, financiamento dos pequenos e médios produtores, dentre outros. Entretanto, no âmbito da pareceria entre as duas instituições responsáveis pela execução do programa, nomeadamente a Technoserve e a Fundação Agakham, a breve trecho, haverá um trabalho com sete maiores processadores da castanha desse produto sediados na região Norte do país.

Nesse contacto, serão fornecidos alguns requisitos mais exigidos nos mercados mundial para a exportação do produtos em apreço. Os Estados Unidos da América são o principal mercado da castanha de cajú produzida em Moçambique.

Douglas Griffiths, embaixador dos Estados Unidos da América em Moçambique, disse esta quinta-Feira (19) que o seu país apoiar a produção, processamento e exportação dessa cultura porque acredita que vai elevar a renda e melhorar os padrões de vida de muitos moçambicanos nas zonas rurais.

Ele recordou que, no ano passado, foram desembolsados mais de 47 milhões de dólares para o melhoramento da nutrição e elevação das rendas dos agricultores através do fortalecimento dos mercados e cadeias de valor.

Por seu turno, Filomena Maiopue, directora nacional do Instituto Nacional do Cajú (INCAJU), reconheceu que o preço desta cultura tem vindo a baixar devido a factores do mercado internacional. Na campanha 2010/11 o valor situava-se em 25,73 meticais o quilograma, contra 14,50 meticais estabelecidos na campanha 2012/13.

De acordo com a directora, na campanha 2013/2014, que arranca em Outubro próximo, serão geradas cerca de 3.5 milhões de mudas de cajú, a serem disponibilizadas aos produtores, nas regiões consideras potenciais para esta cultura de rendimento.

Segundo a dirigente, houve uma queda na produção mas Moçambique continua o quarto maior produtor da castanha de cajú em Africa, depois da Costa de Marfim, Guiné-Bissau e Tanzânia.

Na campanha 2012/13, o país comercializou mais de 83 mil toneladas dessa cultura, tendo a província de Nampula contribuido com mais de 40 porcento. Nampula detém igualmente o grosso das fábricas processadoras da castanha de cajú a nível do país, com 12 unidades, e emprega mais de cinco mil trabalhadores.

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