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Tricolores invictos

Um golo de Betinho, na primeira parte, deu um precioso empate ao Maxaquene, frente ao Ferroviário de Maputo, que esteve a vencer por um golo apenas 16 minutos. O empate deixa os tricolores por mais duas semanas na liderança do Moçambola.

O Ferroviário de Maputo perdeu dois pontos num erro posicional de Vling e não afastou por completo a má imagem deixada a meio da semana passada na derrota sofrida em Tete. O Maxaquene teve o justo prémio de ter acreditado sempre e de não ter tido medo de carregar no acelerador quando foi preciso.

A classe de Luís chegou, porém, para adiantar o Ferroviário no marcador, mas Arnaldo Salvado soube mexer a ponto de os tricolores encostarem o Ferroviário e colherem o fruto do esforço aos 20 minutos. E com toda a justiça.

Os locomotivas entraram, certamente, em campo com o desastre da última quarta-feira na memória (uma derrota por 2-1, num campo em que nenhum candidato ao título guarda boas memórias). Porém, o anti-depressivo estava dentro de campo e pronto a levantar o astral da equipa de Chiquinho Conde nos primeiros minutos.

Falamos, pois, da classe de Luís, que por vezes sofre de intermitência, mas neste domingo começou por fazer a diferença logo aos 4 minutos: o beirense recebeu um passe longo, vindo do meio campo, amorteceu a bola e com classe serviu Buramo que usou o pé direito para colocar o Ferroviário em vantagem.

O tónico estava dado, faltava recuperar a consistência de outrora, algo que ainda assim o Ferroviário de Maputo não conseguiu, sobretudo nos 20 minutos finais da etapa inaugural.

Um golão na resposta a outro

Do lado tricolor a resposta surgiu ainda no primeiro tempo, mas quase sempre atabalhoada e ineficaz: primeiro por Hélder Pelembe, que rematou fraco a permitir defesa segura dePinto, e depois por Betinho, que teve bons pormenores mas faltou-lhe acertar na bola na hora em que esta lhe apareceu redonda para finalizar, ainda antes do quarto de hora.

As ameaças tricolores não passavam disso. Até que Vling, mal posicionado, colocou Betinho em jogo que se limitou a deixar o guarda-redes Pinto nas covas e, já com a baliza deserta, restabeleceu a igualdade no marcador.

Sem golos

Arnaldo Salvado não esteve com meias medidas e, ao intervalo, abdicou de Payó, um jogador que estava a passar ao lado da partida, para lançar Liberty. A verdade é que o Maxaquene passou a atacar pelos dois flancos, com Liberty a dar vida aos contra-ataques tricolores, e obrigou o Ferroviário a abrir espaços ao centro.

Ainda assim, o segundo tempo foi pobre. O Maxaquene ganhou espaço e o Ferroviário recuou. Aliás, até ao intervalo, ninguém daria por mal empregue a deslocação até ao Estádio da Machava num domingo de Inverno.

Depois de uma excelente primeira parte, seria de esperar uma segunda igualmente intensa, que até foi, mas noutra perspectiva. Mais faltas, muitas vezes o jogo parado, o árbitro demasiado em evidência e o Maxaquene a lutar pelos três pontos com mais coração do que com a cabeça.

Não foi por isso de estranhar que uma das melhores oportunidades tenha sido do Ferroviário, aos 73 minutos, com Luís a obrigar, uma vez mais, Soarito a aplicar-se. O resultado, contudo, ajusta-se ao desempenho das duas equipas.

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