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Tribunal de crimes de guerra da Bósnia prende primeira mulher

Uma mulher bósnia muçulmana foi presa nesta segunda-feira pelo assassinato de civis croatas e prisioneiros de guerra, na primeira condenação no país de uma mulher por crimes cometidos durante o conflito de 1992 a 1995.

Rasema Handanovic, de 39 anos, mãe solteira e naturalizada norte-americana, assumiu ter matado seis bósnios croatas durante um ataque ao vilarejo de Trusina em abril de 1993.

A juíza Jasmina Kosovic disse que Rasema foi vítima de estupro durante a guerra antes de cometer os crimes em Trusina e perdeu vários familiares no conflito. Ela foi sentenciada a cinco anos e meio de prisão, depois de ter feito um acordo para testemunhar contra seis outros membros da unidade especial “Zulfikar” do Exército bósnio que realizaram o ataque.

“O tribunal levou em consideração que Handanovic admitiu os crimes, estava disposta a fornecer todas as informações e evidências relacionadas ao ataque e o fato de que expressou remorso aos familiares das vítimas”, disse a juíza.

Dezoito civis croatas e quatro prisioneiros de guerra foram mortos no ataque, no qual Rasema foi acusada de participar de uma execução. Ela foi extraditada para a Bósnia vinda dos Estados Unidos, onde vivia em Portland, no Oregon.

A outra única mulher a ser condenada por crimes de guerra durante o conflito na Bósnia foi Biljana Plavsic, ex-presidente servo-bósnia considerada culpada de perseguições e crimes contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia em Haia, na Holanda.

Biljana foi condenada em 2003 a 11 anos de prisão e libertada após cumprir dois-terços da pena.

 

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