A líder oposicionista de Mianmar, Aung San Suu Kyi, concordou nesta segunda-feira em encerrar o boicote parlamentar do seu partido, pondo fim assim a seu primeiro embate com o governo desde que venceu as eleições legislativas parciais, em novembro.
A decisão abre caminho para a aceleração das reformas do regime. Suu Kyi e seu partido, o Nacional Democrático, vão fazer sua entrada histórica no Parlamento na quarta-feira, depois de recuarem numa exigência relacionada a frases do juramento dos deputados.
Ela concordou em jurar proteger a Constituição elaborada durante o regime militar, a qual considera antidemocrática e exige que seja emendada.
“Na política é essencial dar e tomar”, disse Suu Kyi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, falando a repórteres durante uma reunião do partido. “Como um gesto de respeito aos desejos do povo e em consideração ao pedido feito por deputados, nós decidimos atender ao Parlamento… nós iremos lá o mais breve possível e faremos o juramento”. Declarou.
A decisão de Suu Kyi foi anunciada no momento em que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que está visitando Mianmar, discursava no Parlamento, na capital do país, Naypyitaw.
Ela deve encontrar-se com Ban na quarta-feira.