Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Três milhões de meticais da educação roubados em Manica

Pelo menos três milhões de meticais (cerca de 110 mil dólares) foram desviados dos cofres do Estado nos últimos três anos na província de Manica, no centro de Moçambique. Chaibo Selemane, director provincial do Plano e Finanças, disse que 10 funcionários já estão a responder a processos-crime. Ainda em conexão com o caso, dois foram expulsos do Aparelho do Estado e igual número demitidos.

Os valores, sendo esclareceu a fonte em declarações ao “Notícias”, foram roubados por funcionários das finanças, através do SISTAFE, em conluio com funcionários da Educação, que também estão a responder criminalmente, havendo outros que já foram julgados e condenados. O director provincial falava a margem da visita que a governadora de Manica, Ana Comoane, efectuou àquela instituição, no prosseguimento das acções que vem promovendo desde que assumiu a liderança daquela província. 

Recorde-se que, em conexão com o desvio de fundos e má gestão, o colectivo da Direcção Provincial da Educação e Cultura de Manica foi destituído, tendo cessado funções, entre outros quadros, a então directora provincial e os chefes dos departamentos de Administração e Finanças, Recursos Humanos e Planificação. Sem revelar os nomes, a fonte indicou que maioria dos implicados integravam o Departamento de Contabilidade Pública, que neste momento, devido à suspensão dos 14 funcionários, está desfalcada de quadros e, por isso, a trabalhar debaixo de inúmeras dificuldades.

Chaibo Selemane revelou que o dinheiro roubado é do fundo de salários e foi retirado dos cofres do Estado através de falsificação de horas extras dos professores, duplicação de pagamentos de salários e transferências de dinheiro, a mais, para contas de escolas.

No quadro desta fraude, os funcionários em causa chegaram a processar horas extras para professores fantasmas e outros que supostamente leccionavam o curso nocturno em escolas sem iluminação eléctrica e que nem sequer tinham introduzido o turno da noite. Informações disponíveis indicam que na sequência desta fraude pelo menos 27 funcionários, entre professores, directores de escolas e oficiais administrativos foram suspensos e outros detidos e condenados em conexão com o desvio de fundos de salários.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!