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Oposição em peso na homenagem aos heróis moçambicanos

Contrariamente aos anos anteriores, um número significativo de partidos da oposição em Moçambique juntou-se, na quarta-feira, ao Governo nas cerimónias de homenagem aos Heróis Moçambicanos e que também assinalaram a passagem do 41º aniversário da morte de Eduardo Mondlane.

Contudo, à semelhança dos anos anteriores, a Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, primou pela sua ausência. Na Praça dos Heróis foi notória a presença dos representantes dos partidos políticos da oposição, na cerimónia de deposição de flores na cripta, incluindo partidos sem nenhuma expressão na arena política nacional aos mais activos.

A AIM registou a presença de representantes do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), Partido Trabalhista (PT), Partido Ecologista de Moçambique (PEC), MONAMO, Coligação G-12 composta por PASOMO, PAREDE, PNDM, CDU, PACODE, UDF, PARTONAMO, PLDM, PSDM, PEMO, entre outros. Os representantes destas forças políticas da oposição consideram ser seu dever render homenagem àqueles que deram a vida pela independência e soberania de Moçambique, como foi o caso de Mondlane.

Os mesmos garantiram à AIM que esta será a postura que os seus partidos assumirão nos próximos tempos, porque devem participar em todos os momentos importantes do país. Lutero Simango, do MDM, disse que “todo o povo deve valorizar e homenagear os seus heróis e nós viemos aqui para fazer isso”. Simango sublinhou que o seu partido deseja que esta data seja cada vez mais inclusiva “porque os heróis não estão todos aqui depositados. Hoje, existem heróis nas nossas comunidades, distritos e províncias que precisam ser valorizados”.

Lutero Simango que é deputado na Assembleia da República pelo MDM, considera que o desafio do país é trazer ao conhecimento de todos os cidadãos alguns momentos da história de Moçambique que não foram ainda revelados, razão pela qual apela aos historiadores a cumprirem o seu papel. “Acredito que um dia os moçambicanos vão-se reencontrar com a sua própria história e no momento oportuno farão justiça. O mais importante é ensinar a verdadeira história às nossas crianças porque nós sabemos que ainda não está devidamente contada. Há muitas versões e apelamos aos historiadores mais honestos a reporem a verdadeira história deste país” frisou.

Por seu turno, Raul Domingos, líder do PDD disse que, volvidos 41 anos depois da morte de Mondlane, a vontade de todos os moçambicanos é ver um Moçambique uno e indivisível, “mas ainda temos muito que andar para completar esse desejo”. Para Domingos, há muita coisa que deve ser melhorada no país, sobretudo os desequilíbrios do desenvolvimento e a distribuição da riqueza nacional que ainda é desigual no país. Para Miguel Mabote, líder do PT, a heroicidade deve ser mais abrangente, porque no passado os heróis eram aqueles que pegaram em armas e lutaram pela independência de Moçambique.

“Existem heróis em outras frentes, como ciência e tecnologia, desporto, entre outros. Por isso, é preciso que os heróis sejam vistos de forma mais abrangente” frisou.

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