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Três cidadãos detidos por colocação de barricadas na via pública em Maputo

A Polícia da República de Moçambique (PRM) diz que deteve três indivíduos, dos quais uma criança de 13 anos de idade, por tentativa de perturbação da ordem e tranquilidade públicas, na passada sexta-feira (29), em Maputo, na sequência da frustrada marcha pública que visava manifestar a indignação dos moçambicanos em relação às dívidas secretamente contraídas pelo Governo.

Os visados, cujas identidades não foram reveladas, caíram nas mãos da Polícia no bairro de Magoanine e ao longo da Avenida Acordos de Luska, quando tentavam colocar barricadas e incendiar um pneus na via pública de modo a impedir a circulação de viaturas, pessoas e transporte de bens.

Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da PRM, disse que o adolescente de 13 anos de idade frequenta a 6ª classe numa das escola da capital moçambicana, o que significa que naquele dia não foi estudar para integrar o grupo de manifestantes, “uma atitude lamentável”.

Segundo o agente da Lei e Ordem, o rapaz disse, durante o interrogatório, que agiu a mando do seu tio ora em parte desconhecida. Entretanto, os pais do menor foram notificados para prestar depoimento em torno do caso e apelados para que se envolvam mais na educação do miúdo no sentido de ele “ser um homem são”.

Dina assegurou que a criança já foi restituída à liberdade, porque a sua idade não permite que seja mantido em preso. Os outros dois indivíduos continuam detidos para averiguações, mas a sua “detenção foi legalizada”.

Refira-se que, há dias, foi convocada por intermédio de mensagens anónimas, nas redes sociais, uma manifestação para entre 03 e 07 de Maio em curso. A marcha coincidiria com a visita, ao nosso país, de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República de Portugal.

“Um país com mais de 23 milhões [de habitantes] não pode ser hipotecado por um grupo de indivíduos que se diz ser dono do país, porque pertence ao grupo dos antigos combatentes. Como povo devemos dizer basta, Chega de dívidas. Chega de assassinatos aos que lutam por um Moçambique melhor, e chega de corrupção. É hora de dizer basta! Vamos paralisar o país! Vamos parar durante uma semana inteira”, dizia a mensagem.

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